“O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sabia e seriamente o presente.” Buda
O termo ‘Saúde Mental’, de acordo com a OMS relaciona-se a forma como uma pessoa reage às exigências, desafios e mudanças da vida e ao modo como harmoniza suas ideias e emoções.
Diariamente, vivenciamos uma série de emoções, boas ou ruins, mas que fazem parte da vida: alegria, felicidade, tristeza, raiva, frustração, satisfação, medo e etc e como lidamos com essas emoções é o que determina como está a qualidade da nossa saúde mental.
Assim, o termo saúde mental muito longe da ausência de transtornos mentais. O desequilíbrio emocional facilita o surgimento de doenças mentais. E a saúde mental contempla, entre tantos fatores, a nossa capacidade de sensação de bem-estar e harmonia, a nossa habilidade em manejar de forma positiva as adversidades e conflitos, o reconhecimento e respeito dos nossos limites e deficiências, nossa satisfação em viver, compartilhar e se relacionar com os outros -algo muito maior e anterior ao início dos transtornos mentais. (Sociedade Israelita Albert Einstein)
Eleanor Longden pontua de forma sábia que “A questão relevante na psiquiatria não deve ser o que há de errado com você, mas sim o que aconteceu com você.”.
Diversos são os fatores que podem influenciar negativamente a nossa saúde mental, dentre eles, podemos citar: estresse, brigas, atrasos, advertências, doenças, incapacidades, limitações, falta de família, pouco ou muito dinheiro, dentre outros.
Além dos aspectos acima citados, ainda lidamos com o preconceito que ainda é bastante presente na sociedade. Começando pelo lugar que a loucura ocupou na história – o louco como alguém a ser afastado, enclausurado, aquele que não compartilha da ‘mesma realidade’ que os demais.
“No fundo, não descobrimos na pessoa com transtorno mental nada de novo ou desconhecido: encontramos nele a base de nossa própria natureza”. Carl Jung
A saúde mental está no corpo e no meio, muitas vezes é concebida como uma fraqueza do sujeito, algo sobre o qual ele teria condições de atuar e não o faz. Por exemplo: “Nossa, mas fulano tem tudo, por que está deprimido?”. Se trocarmos deprimido, por outra doença, qual seria a reação? Se fosse: “Nossa, mas fulano tem tudo, por que está com diabetes?”, soaria esquisito e estranho fazer tal pergunta, né?
A maioria da sociedade ainda tem dificuldade em reconhecer que é uma doença e ainda ampliar o conceito de saúde e doença. Não dá mais para serem conceitos antagônicos; ter saúde não significa necessariamente não ter nenhuma doença.
Precisamos aprender a identificar o que nos faz sofrer, o que nos causa dores psíquicas, nos deixa ansiosos, deprimidos, com medo e buscarmos ajuda profissional para lidar com isto, assim como buscamos ajuda profissional para lidarmos com o colesterol alto ou com uma hipertensão arterial, por exemplo e sem que isso signifique ou seja interpretado como fraqueza.
Além disso, investir em qualidade de vida é fundamental para nos fortalecer para lidar com as terríveis dores emocionais. Tire um tempo para si, um tempo que possa fazer algo que goste, que lhe relaxe, faça atividade física regularmente e tenha uma alimentação saudável, tenha momentos em fica somente em sua companhia e busca investir na paz interior, tenha ao menos um amigo em quem confia e pode se apoiar e pedir ajuda.
Tenha em mente que dores emocionais podem ser passageiras, caso cuidemos dela de forma adequada e não nos julguemos por passar por elas.
Encerro com um convite a reflexão: “Tuas forças naturais, as que estão dentro de ti, serão as que curarão suas doenças.” Hipócrates.