Seguir em frente é para os fortes!! Não é fácil trombar com os revezes da vida, com os tombos que levamos, com pessoas difíceis, com perdas, com sustos e seguir em frente! A vontade é de desistir, de parar tudo, encontrar um lugar seguro e ficar ali: ‘protegido’.
As tempestades vêm sempre! Elas vêm sem avisar! Fortes! Avassaladoras. Nos fazem achar que não conseguiremos sair delas, que seremos ‘inundados’ por elas e que não conseguiremos ‘dar a volta por cima’ e seguir em frente.
Mas elas também vão passar, o céu vai clarear, o sol vai aparecer, o tempo vai melhorar… e nós precisaremos estar em pé, vivos, inteiros para que possamos recomeçar. Para que possamos dar conta de respirar e seguir em frente.
Mas não estaremos em pé, vivos, fortes, prontos para recomeçar se carregarmos conosco ‘pesos’ em nossas vidas. Eu ia até escrever ‘pesos desnecessários’, mas seria um pleonasmo, visto que pesos são desnecessários, pesos são cargas apenas!
“E da vida só quero leveza, sorrisos e encantos que jamais morarão no que passou. Quero o novo. E o sinto chegando…” Virgínia Mello
Olhemos ao nosso redor, examinemos nossa vida, nossos relacionamentos, nossos pesos…
Pronto! Examine! Que sentimento é esse que estamos nos apegando, que só traz sofrimento? Que insistência é essa de tentarmos nos agarrar a amizades que não nos querem ou valorizam? A empregos que não nos fazem felizes e/ou realizados. Por que insistimos em amores não correspondidos e que nos causam dor? Por que carregar conosco todo este peso?
Áh, eu fui magoada (o), ofendida (o) por fulano e não sou obrigada (o) a perdoar, vou seguir odiando e desejando o mal. Ok, ok. Faça isso, mas lembre-se que é mais ou menos como o ditado da vingança: ‘buscar a vingança é tomar um copo de veneno, desejando que o outro morra.’. Foi ofendido, magoado, quem nunca? Acontece e acontecerá outras vezes, porque convivemos com pessoas e estas estão sujeitas a erros, a comportamentos reprováveis… mas seguir em frente é importante. Seguir em frente é fundamental. Deixar sentimentos ruins ‘pra trás’ é vital!
Foi passado pra trás? Traído? Enganado? Todos passaremos por isso, inevitavelmente e temos duas escolhas: nos apegarmos ao sentimento de ‘auto-compaixão’, sermos ‘coitados’, temos ‘dó’ de nós mesmos ou olharmos pra frente, seguirmos firmes. Pessoas erram, ‘pisam na bola’, nos magoam, nos prejudicam, mas nós também o fazemos! “Áhhhh, mas quando eu o fiz foi sem a intenção, sem querer, não por maldade…”. Meu caro, a recíproca é verdadeira! Quando o outro erra contigo, te machuca, te fere, nem sempre planejou cuidadosamente lhe ferir … apenas aconteceu!
Vai lá Jota Quest, traduza usando canção: “E eu vou! Esquecer de tudo, as dores do mundo. Não quero saber quem fui, mas sim quem sou. E eu vou! Esquecer de tudo, as dores do mundo …”.
Vamos em frente! Solte os pesos, deixe ir, ‘let it go’, perdoe-se, perdoe, ria, faça rir, ajude, se permita ser ajudado, ame, seja amado, se doe, olhe ao seu redor, examine o quão boa é a vida, quão agraciados somos! Então por que perder tempo com besteiras, com pequenas coisas que nos seguram…
Nada que não nos ajude a crescer, a sermos melhores, a evoluirmos, nada que não seja caminho para a felicidade, mas sim, estrada para a infelicidade, deve ser cultivado por nós. Sim, nós construímos nossos caminhos, nossas vidas, nossas alegrias, nossa felicidade, nosso bem-estar. Se não estamos assim, precisamos reavaliar a maneira como olhamos e encaramos nossa vida! O peso que damos aos acontecimentos.
Nos tornamos leves ou pesados não pelo que nos ocorre, mas pela maneira como encaramos e lidamos tudo que nos ocorre! Tudo que nos afeta!
Busquemos a leveza! O mundo precisa de pessoas leves, suaves, que compreendam os erros do outro como erro, apenas e não como crimes hediondos!
“Há pessoas que nos fazem voar. A gente se encontra com elas e leva um bruta susto (…) elas nos surpreendem e nos descobrimos mais selvagens, mais bonitos, mais leves, com uma vontade incrível de subir até as alturas, saltando de penhascos. Outras, ao contrário, nos fazem pesados e graves. Pés fincados no chão, sem leveza, incapazes de passos de dança. Quanto mais a gente convive com elas mais pesados ficamos.” Rubem Alves
E você: que pessoa quer ser?