E vai se encerrando mais um ano, mais um ano está chegando ao fim. Ano difícil este que vivemos. Enfrentamos ainda uma pandemia, já tivemos as vacinas e isso foi diferencial para que não fôssemos dilacerados com tantas mortes. Enfrentamos dificuldades financeiras enormes: preços que subiram como há muito não víamos, a inflação nos castigando a cada ida ao supermercado e posto de gasolina. Precisamos nos reinventar, não é? Almoço de domingo foi almoço normal, diferente do que fazíamos antes (um almoço especial em família). Mudamos nossos hábitos, retiramos muito, reduzimos lazer e divertimento e ainda podemos nos dizer privilegiados, pois vimos com tristeza a população de rua aumentar, tanta gente passando fome, tanta gente pedindo nos semáforos, praças e Igrejas. Voltamos a ver crianças vendendo balas em semáforos, descalças, olhar triste. Que ano duro. Ano em que vimos a saúde pública piorar muito e exames, cirurgias e internações serem remarcados, serem realizados com dificuldades, pois não havia verbas.
Vivemos incertezas diárias. O desemprego foi um inimigo que nos acompanhou este ano. Quantas pessoas não parara suas faculdades, seus cursos técnicos, suas Pós Graduações, pois não havia mais condições para dar continuidade aos sonhos…
Sonhos? 2022 foi o ano do pesadelo! Vivemos pesadelos diários! Péssimas notícias todos os dias! Supermecado, farmácia, posto de gasolina significaram terror e sofrimento. Passamos a comprar o mínimo e do mais barato, da oferta, compramos os produtos perto do vencimento, cujo preço é ainda menor. Sempre dolorido passar nestes lugares.
A sensação de incerteza nos acompanhou e além dela, que por si só já é bem ruim, nos acompanhou também a polarização política. Tivemos grupos defendendo político e não a nação e não a saúde, a educação, a economia, a paz. Vivemos para assistir um país pacífico destruir, bater, machucar, depredar, colocar fogo em veículos, causar pânico e terror na população em geral. Vivemos para escutar depoimentos de quem vive nas imediações de acampamentos contar que não conseguem dormir, que a sujeira e o mal cheiro é horrível, que têm medo da violência… Como nos transformamos nisso? Sempre tivemos eleições e sempre ocorreram alternâncias de poder, isto é comum em uma democracia. Foi um ano que vimos a democracia sendo atacada também.
Enfim, 2022 foi um ano difícil, um ano que precisa ser lembrado, para que não repitamos os erros que cometemos nele.