O título da coluna sugere aos apaixonados que falaremos de relacionamento a dois, mas falaremos de relacionamentos em geral, que até incluem os relacionamentos a dois, porém falaremos aqui de forma mais global.
Quando nos relacionamos com outras pessoas precisamos ter em mente que não somos iguais, não pensamos de formas similares, todos temos nossos valores, enfrentamos nossas batalhas, temos nossos problemas, temos nossas alegrias, nossos amores, nossa fé e nossos valores.
Muitas vezes vemos uma pessoa e pensamos: “Áh, ela tem tudo ou ela pode tudo, então a vida dela é fácil…”, tal pensamento já dá início ao relacionamento da maneira errada, pois começamos inferindo uma informação sobre o outro e inferências, caros leitores, nada mais são que ‘chutes’ que damos sobre o outro, injustiças que cometemos, maldades que fazemos, afinal, ninguém, nenhum de nós tem uma vida perfeita e tem ausência de problemas, todos, sem exceção enfrentamos nossas batalhas e nossos problemas. A diferença é que alguns falam sobre isso, outros são mais quietos e outros escondem, afinal, cada um sabe onde dói mais e todos tentamos evitar a dor, não é?
Nenhum de nós é santo e correto sempre, vítima o tempo todo, não é `alecrim dourado`? Todos erramos, somos injustos em algum momento, nos irritamos e/ou somos grosseiros, mas existe como conversarmos e resolvermos o problema de maneira pacífica e correta.
Quando nos relacionamos com as demais pessoas devemos ter em mente que somos todos diferentes, todos temos muitas qualidades, temos defeitos, temos nossas dificuldades e nossos momentos de maior estresse. Posto isto fica mais tranquilo entendermos que somos também seres complicados e não somente o outro.
Conversar, dialogar é a chave para a solução de problemas e para o entendimento. Quando dialogamos conseguimos nos colocar e nossas razões, escutar o outro e nos entendermos. Veja bem: dialogar envolve conversa entre os envolvidos e não um disque me disque entre outras pessoas que nada tem a ver com a questão. Isso é apenas e tão somente a baixeza da fofoca e da difamação do outro e NÃO resolvem os problemas, ao contrário: aumentam significativamente o que já existia e criam outros graves, como por exemplo confiança, como por exemplo grandes tristezas e mágoa. Sabem aquela frase dos antigos: “Quando Pedro me fala sobre João, consigo saber muito mais sobre Pedro do que sobre João.”, pois é, quando falamos do outro e não para o outro e com o outro, deixamos claro que somos fofoqueiros, que não somos leais, que não somos confiáveis e que relacionar-se conosco não vale a pena.
Sempre que tivermos um problema com uma pessoa, conversemos diretamente com ela, tentemos nos entender e resolver o problema. Enfiar mais gente na conversa só transforma algo simples em um conflito gigante. Magoa, ofende, causa dor e tristeza.
Quando for falar mal de alguém, com quem se relaciona ou se relacionou, lembre-se da seguinte frase, muito sábia por sinal: “Se um dia você ouvir alguém falando mal de mim… ENTENDA: Houve uma época que eu fui bom para essa pessoa e ela me achava o MÁXIMO! O PROBLEMA É QUE ELA NÃO VAI TE CONTAR ISSO.” Autor desconhecido
Não seja essa pessoa ingrata, vil, fofoqueira, mexeriqueira, cruel, imatura. Seja a pessoa que resolve os problemas, que sabe ouvir mais do que falar (como dizem os antigos, temos dois ouvidos e uma boca só por essa razão), que é leal e que não faz e fala maledicências `pelas costas` do outro.
Vamos investir em nossos relacionamentos, vamos ser saudáveis em nossas reações, justos, não vamos magoar e descer ao nível da deslealdade, maledicência, mentira e fofoca.
Encerro com um convite a reflexão: “Penso em ficar só, mas minha natureza pede diálogo e afeto.” Lya Luft