A Polícia Federal (PF) abriu nesta quarta-feira (2) um inquérito para investigar o ataque cibernético que resultou no acesso indevido a contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras. A invasão ocorreu por meio da C&M Software, empresa homologada pelo Banco Central (BC) para operar serviços ligados ao sistema do Pix.
O valor exato do prejuízo ainda não foi revelado oficialmente, mas fontes do setor apontam que o impacto financeiro pode chegar a milhões de reais. As contas invadidas, chamadas contas de reserva, são utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária e ficam diretamente vinculadas ao BC.
Conexão comprometida e acesso bloqueado
Após ser notificado, o Banco Central determinou o desligamento imediato da C&M Software do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Segundo o BC, o objetivo foi preservar a integridade do sistema enquanto as investigações ocorrem.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, confirmou que o inquérito foi instaurado e que a corporação atua em conjunto com o BC e a Polícia Civil de São Paulo.
Instituições adotam medidas emergenciais
Uma das empresas afetadas, a BMP, afirmou que o ataque não comprometeu recursos de clientes finais e que possui garantias suficientes para cobrir integralmente os valores acessados. “Nenhum cliente foi impactado ou teve seus recursos acessados”, reforçou em nota.
A C&M Software, por sua vez, declarou que foi vítima direta da ação criminosa e que os protocolos de segurança foram executados integralmente. “Nossos sistemas críticos seguem operacionais”, afirmou o diretor comercial Kamal Zogheib.