A greve no transporte público municipal de Santa Bárbara d’Oeste foi encerrada neste sábado (12), após a regularização do pagamento dos salários dos funcionários da empresa Nova Via, responsável pela operação do serviço na cidade. A paralisação teve início na sexta-feira (11) e durou apenas um dia.
Segundo o sindicato da categoria, a decisão de retornar ao trabalho foi tomada após a empresa realizar os pagamentos atrasados. Com isso, o transporte público voltou a operar normalmente neste sábado.
Prefeitura nega responsabilidade e cita repasses em dia
Em nota, a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste informou que está em dia com todos os repasses e obrigações contratuais com a Nova Via e classificou a paralisação como um problema interno da empresa com seus colaboradores. O Executivo também declarou que não foi comunicado previamente sobre a greve.
A administração afirmou ainda que mantém diálogo com a empresa e representantes do setor, mas que foi surpreendida recentemente por uma proposta de reajuste tarifário para mais de R$ 10, valor que considera incompatível com a realidade da população e com estudos técnicos já realizados.
Empresa reclama de defasagem tarifária
A Nova Via, por sua vez, declarou que a paralisação foi consequência da falta de reajuste tarifário desde 2021, conforme previsto em contrato. A empresa afirma que a tarifa atual de R$ 4,85 está defasada em relação à tarifa técnica, estimada em R$ 10,75.
A concessionária também acusa a prefeitura de não repassar recursos provenientes da comercialização de créditos do transporte coletivo, alegando que o município recebeu R$ 22 milhões antecipadamente e não destinou parte desse montante para a empresa, o que teria comprometido sua capacidade operacional.
Segundo a Nova Via, o serviço prestado é de qualidade, com uma frota de ônibus 100% equipada com ar-condicionado, todos adquiridos em 2022.
Situação segue sob atenção
Apesar da retomada das atividades, o impasse entre prefeitura e empresa ainda não foi resolvido em definitivo. O reajuste tarifário segue como ponto de discordância, e a continuidade dos serviços poderá depender de novos acordos ou negociações.