P A N D E M I A e dia das mães não combinam, né? Dia das mães é beijo, abraço, casa cheia, família unida, todo mundo falando junto, a mãe ali feliz, recebendo o amor e o carinho que sempre deu em demasia!
E esse ano não, esse ano estamos nos deparando com uma data diferente das demais. O significado é o mesmo: comemorarmos nosso imenso amor às nossas mães, podermos ‘devolver’ a elas um pouco do amor recebido ao longo da vida, porém este ano, nem todos estremos tão próximos delas, trocando tanto carinho, abraços e beijos. Em muitos casos, não vivermos esse momento com nossas mães, avós e etc é um ato de amor, de cuidado e de proteção, afinal, o vírus é de fácil contágio, difícil tratamento, maltrata e arrisca muito mais aos idosos do que os mais jovens, portanto, amemos à distância, parabenizemos de outras maneiras, vamos estar com elas em nossas mentes, nossos corações, nossas ações.
Como diz Winnicott “O primeiro espelho da criatura humana é o rosto da mãe: A sua expressão, o seu olhar, a sua voz.[…] E como se o bebe pensasse: Olho e sou visto, logo, existo!”
Desde sempre, desde nossos primeiros momentos estamos ali, cercados por elas, por nossas mães, estamos ali sendo cuidados, amados, protegidos. Estamos acostumados a voltar à mãe quando algo nos tira no centro de equilíbrio, nos amedronta, nos faz chorar. E, em geral, ela está ali, pronta para ouvir, pronta para aconselhar, pronta para lutar conosco, pronta para ‘trocar de lugar conosco’ caso isso fosse possível.
Existe um ditado judaico que diz que “Deus não pode estar em todos os lugares e por isso fez as mães.” e foi assim que conhecemos guerreiras que fazem jornada dupla de trabalho e ainda cheguem em casa com amor e sorriso para brincar com seus amados e fiscalizarem deveres de casa, foi assim que descobrimos uma proteção e uma segurança que nos fez alçar voos altos e cada vez mais ousados, foi assim que nos vimos refletidos nelas, tão parecidos, mas tão diferentes delas.
Durante nossa vida e nossa jornada, descobrimos o que é ter fã número um, o que é ter aquela pessoa que vibra por nós e que comemora cada sucesso e cada evolução que temos.
Tornar-se mãe não é tarefa fácil e não vem com ‘manual de instrução’. A mulher torna-se mãe e vai aprendendo o que isso significa e vai experimentando um amos profundo, uma certeza de que por esse filho, por essa pequenina criatura, daria a vida, faria de tudo. “No momento em que uma criança nasce, a mãe também nasce. Ela nunca existiu antes. A mulher existia, mas a mãe, nunca. Uma mãe é algo absolutamente novo.”
Que este dia das mães, apesar de diferente e atípico, possa ser de amor, de afeto, que possamos mostrar as nossas mães o quão importante elas são e como somos gratos.
Encerro com um convite a reflexão: “Quando você é mãe, você nunca está realmente sozinha em seus pensamentos. Uma mãe sempre tem que pensar duas vezes, uma por ela e outra por seu filho.” Sophia Loren
