O Ministério Público de são Paulo (MPSP) obteve a primeira condenação de um empresário denunciado diversas vezes pelo cometimento de crimes sexuais e outros delitos.
Em ação penal ajuizada pela Promotoria de Porto Feliz (SP), e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), o réu recebeu a pena de 10 anos e 6 meses de prisão pela prática de estupro. Ele terá também de indenizar a vítima em R$ 50 mil por conta dos danos morais.
De acordo com os promotores que atuaram neste caso, o MPSP está satisfeito com o resultado do julgamento, já que a sentença prolatada pelo Juízo da 2ª Vara de Porto Feliz tem “amparo na prova dos autos, notadamente na palavra da vítima, cujas declarações seguras encontram respaldo em outros meios de prova e nas circunstâncias em que os fatos se deram”.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a vítima conheceu o empresário quando pretendia adquirir um cavalo. Ela acabou sendo estuprada na casa do réu, em um condomínio em Porto Feliz. O empresário, que já cumpria prisão preventiva desde que a Procuradoria-Geral de Justiça conseguiu a sua extradição dos Emirados Árabes, responde a outros processos.
Isso porque diversas mulheres, depois da divulgação pela TV de uma agressão praticada por ele contra uma mulher em uma academia, foram acolhidas e ouvidas pelo Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NAVV) para relatar os episódios em que sofreram ataques de ordem sexual de autoria do homem condenado agora em Porto Feliz.
O NAVV conta com especialistas aptos a proporcionar uma escuta especializada das vítimas de violência, mitigando o risco de, ao falar da violência que enfrentaram, passarem pelo que os técnicos definem como “revitimização” (reviver a experiência traumática que tentam esquecer).