Durante esta quinzena me deparei com por pessoas muito mal educadas, uma falta de educação, falta de trato social, falta de ‘berço’ mesmo, uma grosseria, um ‘casco duro’, uma deselegância, faltava o mínimo para o convívio em sociedade e pensando nisso, resolvi que nossa reflexão esta semana seria sobre esta questão.
Há anos já existem reflexões sobre a educação, já dizia Immanuel Kant: “É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade.”, reflexão de grande sabedoria, não? Não conseguiremos nos aperfeiçoar e melhorar enquanto humanidade se a educação (trato social) e a educação (cultura) não andarem de braços dados e evoluírem muito.
Um ‘bom dia’, ‘por favor’, ‘obrigado’, ‘com licença’, ‘você pode falar?’ nunca saem de moda e nunca serão ruins, ao contrário, sempre possibilitarão que a conversa comece a fluir e continue fluindo de forma pacífica e as pessoas se entendendo e não digladiando-se.
O advento do whatsapp e afins trouxe a falta de educação e a barbárie de volta e com força total a nossa vida. Pessoas que se quer dão bom dia, se perguntam se podemos falar, iniciam um ‘diálogo’ de forma rude, grosseira, invasiva e sem trato social algum, mas não é só on-line não, infelizmente vemos pessoas que passam e enfiam o corpo por cima do das outras, quando um simples ‘com licença’ ajudaria muito e evitaria tal agressão e comportamento primitivo.
A sensação que tenho é que estamos na idade da pedra ainda, sem uma linguagem estabelecida e sem o mínimo de código de conduta e civilidade determinados. Pessoas confundindo ‘personalidade forte’ (que não existe, ok? O que existe é característica de personalidade) com falta de civilidade e de educação.
Içami Tiba afirma com a competência e com a propriedade de quem atua com crianças, pais e pessoas e os estuda há anos, que “criar uma criança é fácil, basta satisfazer-lhe as vontades. Educar é trabalhoso.”, sim é trabalhoso porque pressupõe dizer não, pressupõe considerar e mostrar a importância e o direito do outro. Não podemos ignorar o outro, não podemos nos comportarmos como bárbaros que saem por aí falando o que queremos, da forma como queremos, não considerando a existência de demais pessoas… quantas vezes vemos pessoas atendendo seus celulares no viva voz e falando e vociferando alto com a outra e nos obrigando a participar de uma conversa que não nos concerne.
Arrepio quando escuto: “Áh eu falo o que eu quero mesmo, sou assim, prefiro parecer grossa do que não ser sincera.”, na verdade já imaginamos que a sinceridade é uma agressividade e uma falta de civilidade disfarçadas e chamadas de sinceridade.
Seja sincero, fale o que precisa ser dito, fale o que pensa apenas se solicitado a compartilhar suas reflexões pessoais. Utilize por favor, obrigado, bom dia, boa tarde, boa noite, com licença, desculpe, são palavrinhas mágicas que nos fazem conviver como pessoas em sociedade e não como bárbaros primitivos.
Encerro com um convite a reflexão: “A educação é o principal vestido para a festa da vida.” Carolina Herrera