Sempre sábio, Mário Quintana afirmava que “A amizade é um amor que nunca morre.” e que bom, não é?
Durante a vida passamos pelas mais diversas fases: alegres, tristes, de muita dificuldade, de algum desespero, fases normais/regulares… existem momentos que precisamos de um ombro amigo, de um conselho, de um colo, que queremos comemorar uma boa notícia com alguém especial, contar uma novidade em primeira mão para pessoa querida. E os amigos são as pessoas especiais e específicas para estes fins.
São aquelas pessoas que nos conhecem e que, apesar de nos conhecerem, de acessarem nossos defeitos (conhecem também nossas qualidades), nos amam, nos admiram e nos querem bem. Amizade boa é aquela sem cobrança, sem exigência de exclusividade, de encontros periódicos, amizade boa é leve, é gostosa e nos aquece a alma, nos ampara, nos faz rir e sorrir e nos faz sentir amparados.
Garth Henrichs dizia que ‘A gente não faz amigos, reconhece-os.” e podemos dizer que ele estava errado? Não ‘fazemos amizade com as pessoas, mas sim vamos reconhecendo pessoas que são parecidas conosco ou que nem são tão parecidas conosco, mas que nos escutam como ninguém, vamos reconhecendo os amigos, a medida em que nos divertimos juntos, damos boas risadas, conseguimos esquecer um pouco dos problemas quando estamos com eles. Amigos são aqueles que nos permitem sermos ‘nós mesmos’ o tempo todo ao redor deles. Sabemos que estamos em uma boa relação de amizade quando percebemos que somos queridos, amados, que há preocupação conosco e vice-versa, quando queremos bem, amamos, quando nos preocupamos e queremos ajudar, estar perto, ver bem.
Um café com um amigo tem o poder de nos divertir, de nos despreocupar, não raras vezes nos fazem ter a certeza que resolveremos nossos problemas e conseguiremos superar fases duras. Contar um sucesso a um amigo é algo muito bom, pois percebemos a felicidade dele com nossa felicidade, com nosso sucesso.
Existem amigos que são muito queridos e que por uma grata condição da vida, conseguimos ver sempre, conversar com frequência, receber e dar amor com regularidade e há os amigos muito queridos, mas que a vida não permite que vejamos com a frequência que gostaríamos, mas, apesar disso, não muda nosso amor, nossa confiança, nossa felicidade ao vê-los, nossa felicidade com o sucesso destes e nossa disposição real para ajuda-los, caso precisem.
E o que há de tão mágico nestas amizades deliciosas? Há reciprocidade, há amor, há cuidado, há empatia, há prazer em desfrutar da companhia um do outro, há aceitação, não há cobrança, não há desentendimentos não resolvidos, não há receio de ser como se é, não há melindre.
Nas amizades completas, há a intimidade, isto é intimidade: relação muito próxima; amizade íntima; familiaridade (Dicionário OnLine da Língua Portuguesa). Nas amizades completas há uma relação próxima e uma familiaridade que dispensa a necessidade de disfarçar problemas, de mostrar qualidades, de tentar esconder defeitos.
Busquemos desenvolver relações reais e verdadeiras de amizade. Esta é uma relação que se faz única e importante para nossas vidas.
Encerro a coluna desta semana com o convite a reflexão, à partir da canção de Zélia Duncan: “ (…) ser quem se é, aceitar o que não deu pra ser, receita pra não sofrer, não ser perfeito, mas ser você, conforto redobrado, apelidos esquisitos, gargalhadas de criança, esquece a desesperança, em paz tudo faz sentido, esquece o desiludido, amor pra sempre é amor de amigo …)”.