Áh o ano novo! Renovação! Ano Novo, vida nova, já falavam os antigos! Sempre uma nova esperança que surge, fazemos planos, traçamos metas, criamos expectativas, temos a certeza da mudança e da melhora, do sucesso e da prosperidade!
Que bom esse sentimento todo de renovação! Que bom cultivarmos e pensarmos no melhor para o ano que se inicia! Que bom a esperança renascida!
Mas nada disso se concretiza se nós não fizermos por merecer! Se nós não batalharmos! Se nós não transformarmos o terreno em fértil para todos os nossos planos! Sim, o ano novo só será novo, se nós formos novos, se as mudanças que desejarmos, forem feitas passo a passo por cada um de nós, sem dó, com foco, com meta.
“Eu preciso muito deixar acontecer o momento da renovação, trocar de pele, mudar de cor. Tenho sentido necessidades do novo, não importa o quê, mais que seja novo, nem que sejam os problemas. Preciso deixar a casa vazia para receber a nova mobília. Fazer a faxina da mente, da alma, do corpo e do coração. Demolir as ruínas e construir qualquer coisa nova, quem sabe um castelo. ” Caio Fernando Abreu
Que nestes dias finais do ano, antes de planos, possamos nos esvaziar do que está nos lotando, nos enchendo, ocupando espaço sem agregar nada. Vamos abrir mão de sentimentos velhos (velhos rancores, velhas mágoas, velhas tristezas), vamos abrir mão dos apegos materiais (aquela calça antiga que não serve, porém foi cara, aquele calçado que não uso mais, porém é bonito e etc), vamos abrir o espaço da desesperança e de nossa falta de fé e renovar estes sentimentos tão importantes?
Vamos ser novos, de dentro para fora, vamos construir uma vida nova de dentro para fora. Vamos ‘faxinar’ nossos sentimentos, nossa vida, nossas emoções.
Vamos olhar para nosso corpo, nossa saúde, que tal pensarmos nas mudanças e melhorias que almejamos para a saúde: perder peso, melhorar o colesterol, cuidar da pele, enfim, vamos mirar e apontar para nossa melhoria física, nossa evolução, nosso bem estar.
Vamos nos concentrar em nosso emocional também, por que manter medos e não enfrenta-los? Por que nos mantermos ansiosos e não enfrentar o que nos causa ansiedade e olhar de frente para ela, com o firme propósito de vencê-la? Vamos olhar para nossas mágoas, por que mantê-las ali, guardadinhas, nos machucando e nos entristecendo? Vamos deixar ir…
Essa reta final do ano, é o momento de preparar o terreno para nossa semeadura do próximo ano. Nosso terreno precisa estar limpo, organizado, aberto, arejado, para que possa receber as boas sementes que plantaremos em nosso ano novo, para que comecemos, ainda nele, a colher os bons frutos plantados.
É tempo de nos olharmos de frente, de nos vermos sem máscaras, de decidirmos as mudanças que queremos em nós e para nós, para que só assim possamos começar a batalhar por elas, a caminhar em direção a elas.
Esvazie sua alma de sentimentos ruins, de sentimentos que a escurecem, como mágoa, rancor, inveja, ódio, deixe ir… livre-se deles, perdoe, mas perdoe por você, porque você não merece guardar esse sentimento, perdoe porque não há sentido em ficar guardando dentro de você algo ruim.
Esvazie sua casa daquilo que você não usa, que já não é útil, que não agrega nada, que apenas ocupa espaço, que já teve sua importância e hoje não tem mais. Doe, desapegue. Deixe ir, deixe que estes bens façam a diferença na vida de alguém.
Olhe para o seu emocional. Veja com profundidade. Há nele medo, tristeza, ansiedade, stress, angústia, dificuldade de relacionamento? Enfrente isso também! Para que você possa caminhar em paz! Se preciso for, faça Psicoterapia, procure um Psicólogo, afinal, o auto-conhecimento é libertador e cura.
Olhe para seu físico, cuide de seu corpo. Cuide de sua alimentação, evite tudo aquilo que nada agrega e que só danifica sua saúde. Exercite seu corpo, a diferença vem, você vai sentir. Busque uma atividade que você goste, mantenha o foco, não falhe, seja firme.
Olhe para seu espírito, para sua fé, se você anda afastado, descrente, deixou de lado sua fé e sua religiosidade (independente de qual é ela), avalie se é importante retomar e reaquecer sua fé e seu contato com sua crença religiosa. Se for, não perca tempo, volte!
Esse é seu terreno sendo bem preparado para o ano que virá, para o ano que você irá colher o que plantou e está conscientemente decidindo o que plantará, como e quando o fará.
Desejo que este momento de reflexão seu com você mesmo seja muito produtivo, que lhe traga boas metas, sensação de liberdade e dever cumprido. Desejo que você consiga colocar em prática o que planejou e que durante o ano, colha o que plantou, o que desejou!
Encerro com um convite a reflexão: “Temos de nos tornar a mudança que queremos ver.” Mahatma Gandhi