Durante essa semana, uma amiga postou em seu Facebook a foto de uma mamãe cervo sendo atacada passivamente por guepardos, enquanto observava seus bebês cervos escaparem em segurança. Dizia a legenda, que a foto ganhou o prêmio de “Melhor foto da década”; bem, para mim, foi a melhor foto mesmo, de todos os tempos, pois retrata aquele amor que se doa por inteiro.
Não sei se o prêmio é real, se a história da foto é esta mesma, pesquisei um pouco sobre a mesma, mas não encontrei muitas informações, fato é: a maternidade é algo transformador, que nos leva a fazer o que for preciso para vermos nossos filhos protegidos, seguros, bem, felizes!
Agatha Christie pontua sabiamente que “O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outra coisa no mundo. Ele não obedece lei ou piedade, ele ousa todas as coisas e extermina sem remorso tudo o que ficar em seu caminho.”. No caso da mamãe cervo, esse amor abnegado lhe custou a vida e ela, sem remorso, a entregou. A única coisa que se notava era o olhar preocupado dela com a segurança de seus bebês, mas estava serena com sua decisão de uma vida!
Enquanto lia a postagem (pela segunda vez, confesso), meu coração ficou apertadinho, fui ler os comentários e, claro, comentar também. Tudo o que se lia das mães era emocionante e deixava claro que o amor por ‘nossas crias’ supera tudo o que podemos sentir, nada é sacrifício grande demais por um filho, vivemos e respiramos por eles e para eles. Nosso coração bate fora de nosso peito! Bate nos peitos deles! A primeira vez que escutei esta frase: “Ser mãe é ter o coração batendo fora do próprio peito”, foi antes de me tornar mãe, achei linda, mas desde o dia em que me tornei mãe, descobri que, além de linda, ela é exatamente real! Ser mãe é sentir o coração bater no coração dos amados filhos!
Quando a gente se torna mãe, compreende a nossa mãe inteiramente! Compreende cada: “Você não é todo mundo!”; “Leve um casaquinho!”; “Nossa, por que não atendeu esse telefone?”; “Me dá notícia toda hora, hein?”; “Onde você está? Que barulho é esse?”, dentre outras… Quando a gente se torna mãe, compreende porque a solidariedade entre nós, mães, é infinita, porque sentimos a dor da outra mãe, porque choramos copiosamente com ela, nos orgulhamos com ela dos prodígios dos filhos dela, sorrimos com os sorrisinhos lindos dos bebês delas…
Eu vi a postagem do cervo no facebook da minha amiga Vanessa, uma amiga que acompanho. Dou risada com cada feito da princesinha dela, me alegro com a alegria do primeiro corte de cabelo, da criatividade da filhinha dela, dos aniversários, acompanho também a Brenda e seus filhinhos lindos, que mãe leoa e doce que é (vontade de abraçar a Brenda), a Dani e seu trio de lindezas, cercados de amor e de uma educação pautada na ética e no respeito, acompanho Mariana, uma amiga de faculdade e seu filhinho lindo, o orgulho dela ao vê-lo crescer e se desenvolver, a Cíntia, outra amiga linda e suas meninas, me emociono com seus relatos da maternidade e as modificações que trouxe à ela, acompanho a Luciana (a Lú), uma das melhores professoras de faculdade e de vida que já tive e seus filhos lindos, acho o máximo as aventuras das trigêmeas, acompanho a Elis e seu amor por seu filhinho, ela sai do trabalho preocupada em estar com ele, passar bons momentos junto dele, ensinar, dar limites, a Viviane e seu filhinho (ela é mais discreta em postagens, mas de um amor que contagia, quando fala dele), tem a Telma e seus filhos lindos, que tornaram-se pais também e ela é uma avó maravilhosa, acompanho cheia de orgulho a Cristiane, uma mãe preocupada, presente, atuante, ensinando e batalhando efetivamente por um mundo melhor e mais ético por seus amores, tem a Bel, que se puder, joga até futebol com seus meninos lindos, acompanho a Karina, aquela mãe super presente, que se orgulha do desenvolvimento e do coração gigante do filho, tão fofa, mas tão fofa, tem também a Érika e seus meninos/orgulhos, a Silmara e seu amor gigante e incondicional por suas meninas lindas, acompanho a Rô, seus meninos e sua preocupação e batalha para ser uma excelente mãe, ética e ponderada, a Elisi e seu príncipe, um lorde, educado, bom, doce, que cresce e orgulha essa mãe infinitamente e a Val e suas meninas lindas, cada postagem dela e das meninas é um poema. (Acompanho muitas outras mães, mas não dá para citar todas aqui). Acompanho minha mãe, que ainda nos vê como filhinhos, e sua preocupação infinita de mãe! Esses dias ri sozinha dela, que me ligou 6 horas da manhã, eu atendi com voz de ‘cama’ e ela: “Meu Deus, que voz é esta Sophia, o que está ocorrendo?”, eu: “Acordei agora…” e ela: “Áh, nossa, mas vocês estão bem?” e deu-se nossa conversa… eu e minha leoa, ops, mãe.
Juntas, todas nós nos tornamos amigas de desconhecidas que precisam de oração, de conselho, de ajuda, de doação, juntas nós sofremos junto das mães que sofrem, nos aliviamos, quando o sofrimento vai embora, nos orgulhamos de cada medalha, olimpíada, cada festival de ballet, cada aventura de escoteiro, mergulho, desenho, livro. Nós queremos proteger nossas crias e as crias das outras mães, pois sabemos como é ser mãe e o que é ter um filho! Como é enormeeee este sentimento! Isso é universal!
Viralizou esta semana nas redes sociais a imagem da policial argentina, a Celeste Ayala, que estava em serviço no Hospital Infantil La Plata e não pensou duas vezes em amamentar um bebê que chorava copiosamente de fome no hospital (devidamente autorizada pela equipe do hospital e seus supervisores). A foto foi tirada por seus colegas, que nem imaginaram a repercussão da mesma, muito menos Celeste, que agiu como mãe, ao ouvir o choro do bebê, sentiu a ‘dor de escutar esse choro’ e foi acudir, correndo! Quando entrevistada, Celeste (mãe de duas meninas, uma de sete anos e outra, que ainda mama no peito, de 1 ano) disse “não esperava a repercussão”, visto que sua atitude foi um ato “totalmente espontâneo”, mas viralizou, Celeste, todas nós nos alegramos e nos orgulhamos de você, mundo afora… você foi citada, por ninguém menos que Milton Jung, como uma das personagens da semana no Programa “Hora de Expediente”, da Rádio CBN…
Ser mãe é assim! Sentir o coração batendo fora do peito! É pensar nos filhos o tempo todo! É mandar whatsapp para saber o que estão fazendo, como estão. É estarmos atentas e ligadas neles sempre, é querermos ver os sorrisos mais lindos deles, é querermos estar juntas de nossos amores! Ser mãe é sossegar o coração no minuto em que encontra seus filhos…Ser mãe é querer dar os melhores exemplos, é vibrar com as lindas atitudes, é se orgulhar do pensamento deles evoluindo. Ser mãe é uma dádiva, uma delícia! Ser mãe é uma experiência única de amor.
Finalizo minha coluna desta semana com a frase linda, do lindo Rubem Alves: “Aquilo que o coração ama fica eterno!”. Eternos são nossos filhos que ficam para sempre em nossos corações! Que estejamos sempre próximas a eles, mas exercitemos aquela proximidade que permite o voo, que incentiva a evolução, que se alegra com o sucesso, que estejamos por perto para ‘colar’ os pedacinhos de um coração partido, que estejamos bem perto para bater palmas a cada sucesso, a cada degrau que sobem, que estejamos perto ensinando sobre amor, sobre solidariedade, sobre ética, sobre meio ambiente, sobre respeitarmos os animais, sobre sermos verdadeiramente humanos. Que os incentivemos a pensar criticamente, a dialogar, a se defender, a se cuidar, a cuidar e zelar por suas amizades!
Que nossos filhos sejam felizes! E nós o seremos, certamente!