Para marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, psicólogas e assistentes sociais do Ceprosom (Centro de Promoção Social Municipal) promoveram nesta sexta-feira (18), na Praça Toledo Barros, uma ação de conscientização no centro de Limeira. A data foi instituída pela pela Lei Federal N° 9.970/2000, como referência ao “Caso Araceli”, de 1973, quando uma menina de 8 anos de idade foi assassinada após ter sido violentada em Vitória (ES).
Durante a ação, houve entrega de folhetos à população com informações sobre o tema, bem como sobre os canais de denúncia junto aos órgãos públicos. Uma das participantes, a assistente social do Creas (Centro de Referência Especial de Assistente Social), Rosana Cristina Gonçalves Pereira, afirmou que o abuso sexual infantil ocorre de maneira velada, pois os autores geralmente são os próprios membros da família.
Ela alertou para a importância de observar mudanças de comportamento da criança, como marcas de agressão ou machucados, comportamento agressivo ou retraído, tristeza, transtornos alimentares, alterações do sono e dificuldade para dormir. “Mudanças dentro do ambiente escolar também podem indicar a ocorrência de abuso”, disse.
Também presente à iniciativa, a psicóloga da Equipe de Gestão Técnica da Proteção Social, Simone Reatto Ponzo, destacou que o enfrentamento à violação dos direitos da criança e do adolescente envolve toda a rede de atendimento do Ceprosom. No Creas, ela esclareceu que o primeiro passo é reconhecer o agressor e orientar a família, auxiliando-a a se reorganizar. “Também é preciso identificar uma figura de referência protetiva para a criança, pois ela é a prioridade do atendimento”, observou.
Denúncias de abusos podem ser encaminhadas ao Conselho Tutelar, à Delegacia de Defesa da Mulher ou ao “Disque 100” – a ligação é gratuita e anônima.