O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso preventivamente nesta quarta-feira (22), em Santos, litoral de São Paulo. O mandado foi expedido em uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quarta.
Segundo a PF, a operação “Acesso Pago” visa investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
O mandado de prisão preventiva cita os crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. Milton Ribeiro deve ser levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília e passará por audiência de custódia ainda nesta quarta.
Além do mandado contra o ex-ministro, outros 13 mandados de busca e apreensão, e quatro mandados de prisão estão sendo cumpridos em diversos estados do Brasil. Além disso, existem medidas cautelares determinadas, inclusive com a proibição de contato entre investigados e envolvidos.
Os policiais basearam a investigação em documentos, depoimentos e no “relatório final da investigação preliminar sumária” da Controladoria-Geral da União (CGU).
“Foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas”, afirma a PF.
O inquérito de investigação contra Milton Ribeiro foi aberto após o jornal “O Estado de S. Paulo” revelar, em março, a existência de um “gabinete paralelo” dentro do MEC controlado pelos pastores.
Alguns dias depois, o jornal “Folha de S.Paulo” divulgou um áudio de uma reunião em que o ex-ministro afirmou que repassava verbas para municípios indicados pelo pastor Gilmar Silva.
Com a divulgação do áudio, Ribeiro deixou o comando do Ministério da Educação.