Infelizmente estamos há um ano e três meses acompanhando dia após dia, angustiados e entristecidos, mortes em virtude do COVID-19. As mortes seguem aumentando dia após dia, assim como as internações e o contágio.
Hoje em dia elas estão próximas, bem próximas de cada família de brasileiros. Dificilmente temos famílias que não experimentaram a angústia de um ente querido contaminado ou ainda não estão vivendo o luto pelo falecimento de um familiar.
Meio milhão de pessoas! Este é um número infinitamente alto, não poderíamos, não deveríamos e não mereceríamos chegar a esta marca.
Dias difíceis os que estamos vivendo, dias de dor e luto. Nenhum de nós está bem, todos estamos travando uma batalha diária e lutando para permanecermos sem contrairmos a doença. Sempre é bom lembrarmos: “máscara, distanciamento social, álcool em gel e/ou lavar mãos com frequência e se puder fique em casa.”, mas, além disso, precisamos cobrar a vacina, cobrar que os governantes vacinem a toda população com mais agilidade, não podemos permanecer contabilizando o número enorme de mortes e contágios por dia como vemos hoje em dia.
Sempre é válido relembrarmos: a pandemia não acabou o COVID-19 segue contaminando e as variantes se espalhando, portanto a prevenção e o cuidado são muito importantes.
Não está fácil para nenhum de nós, portanto, se pudermos ser cuidadosos, gentis, empáticos uns com os outros, conseguiremos enfrentar de forma menos difícil um pouco este momento.
Acolhermos a angústia e a dor do outro nos faz mais humanos, mais empáticos, mais dóceis, menos duros, menos cruéis.
Muitos de nós, além do luto pela perda de entes queridos, está vivenciando medo, angústia, ansiedade com a doença e seu contágio rápido e fácil. Os transtornos de ansiedade têm aumentado muito neste momento, portanto, se você tem se percebido mais ansioso, isto é, pensando em um só assunto, apresentando alterações de sono e/ou de apetite, inquietação, respiração acelerada, dificuldade de relaxar, dentre outros, procure ajuda de um Psicólogo e/ou de um Médico Psiquiatra, pois conviver com um transtorno de ansiedade é dolorido demais, causa sofrimento e impacta nas mais diversas áreas da vida: familiar, de trabalho, sociais…
Que neste momento difícil possamos ver e ser acolhida, ombro amigo, escuta afetiva e cuidado de uns para com os outros.
Encerro com um apelo à empatia, a partir da frase de Carl Rogers: “Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele.”.