Não é de hoje que a Psicoterapia é vista como ‘tratamento de gente doida’, como ‘besteira’, como ‘jogar conversa fora’, dentre outros, porém, na última década, especialmente, vimos a desmistificação deste processo ocorrer com mais ênfase. As pessoas começaram a dar muito mais importância à saúde mental, ao auto-conhecimento, ao desenvolvimento da auto-estima e auto-confiança, controle da ansiedade e do estresse, dentre outros.
“A Psicoterapia é prática do psicólogo por se constituir, técnica e conceitualmente, um processo científico de compreensão, análise e intervenção que se realiza através da aplicação sistematizada e controlada de métodos e técnicas psicológicas reconhecidas pela ciência, pela prática e pela ética profissional, promovendo a saúde mental e propiciando condições para o enfrentamento de conflitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos” (CFP, 2000, p.1).
Etimologicamente, psicoterapia é o “tratamento da alma”. O médico escocês James Braid (1795-1860) foi um dos primeiros a utilizar o termo. Ela é um tratamento colaborativo, em que paciente e psicólogo trabalham juntos para resolver as questões desejadas. Uma das principais ferramentas utilizadas na psicoterapia é a fala, pois é através dela que o paciente poderá expressar todos seus pensamentos em consultório.
“O auto-conhecimento tem um valor especial para o próprio indivíduo. Uma pessoa que se ‘tornou consciente de si mesma’, por meio de perguntas que lhe foram feitas, está em melhor posição de prever e controlar seu próprio comportamento.” B. F. Skinner
O autoconhecimento é um dos focos do processo de Psicoterapia, afinal quando conhecemos nosso funcionamento emocional, nossas potencialidades, nossas dificuldades, tomamos consciência do que nos machuca e nos fere, do que buscamos para nossa vida, conseguimos evoluir e solucionar os problemas que aparecem com um pouco mais de tranquilidade. “À medida em que me conheço, liberto-me do que não me faz bem.” Mayara Aline
A constância na Psicoterapia, ou seja, a regularidade, o comprometimento consigo mesmo e com seu emocional, é de fundamental importância para o bom andamento do processo. Quando deixamos de ir, desmarcamos, quando ‘pulamos semanas’, deixamos o processo mais ‘engessado’, trazendo dificuldade para fazer as reflexões terem continuidade fluida.
No início, o processo parece ‘meio estranho’ para quem nunca fez, mas com o passar das semanas, com o vínculo com o profissional se tornando mais forte, as reflexões tornam-se mais fáceis de serem realizadas, as mudanças começam a acontecer e os sinais de melhora começam a aparecer.
Ainda que exista a tentação de ‘achar que já está bom’ porque já consegue resolver melhor os problemas, procure pensar que o autoconhecimento é um processo profundo e que não pode durar apenas algumas semanas ou meses.
Invista em sua saúde mental. A OMS pontua que “a saúde mental envolve a qualidade e como se lida com os próprios pensamentos, sentimentos e emoções durante o dia, nas atividades e nas relações com as pessoas, diariamente. Nesse sentido, aumentar o autoconhecimento pode ajudar na identificação do que a própria pessoa está sentindo, o que a incomoda ou lhe gera sofrimento, quais são os limites pessoais e o que pode lhe trazer bem estar e felicidade. Pensar sobre essas questões ajudará a desenvolver maior habilidade em lidar com as emoções, auxiliando na tomada de decisões que poderão ser fundamentais para a manutenção da saúde mental e emocional”.
Portanto, se cuide, cuide de seu emocional, olhe para dentro de você, se dê este carinho.
Fica o convite para a reflexão: “Só aquilo que somos realmente tem o poder de nos curar.” Carl Jung
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