O sarampo era considerado erradicado no Brasil desde 2016. Entretanto, no ano passado, casos voltaram a surgir, a princípio na fronteira ao Norte do país. Esses casos chegaram ao Sudeste e tem aparecido em cidades até mesmo da região de Limeira (SP), como Campinas (SP).
O grande problema está na vacinação (ou na falta dela). Somente a vacinação pode prevenir o contágio e a vacina contra a doença é parte do Calendário Nacional de Imunização e todas as crianças ao completar 1 ano já podem ser vacinadas contra o vírus.
Em Limeira, ainda não há casos suspeitos ou confirmados da doença, mas o diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, informa que a cobertura vacinal em Limeira está abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde. O ideal é que 95% esteja imunizada, mas nos primeiros seis meses de 2019 foram vacinadas 1.417 pessoas na cidade, o que representa apenas 78,3% do público-alvo.
Ferrari destaca a importância dos pais não deixarem de levar os filhos para receber todas as vacinas do calendário. A vacina contra o sarampo é dada por meio da Tríplice Viral (contra o Sarampo, a Caxumba e a Rubéola) e da Tetra Viral (contra o Sarampo, a Caxumba, a Rubéola e a Varicela).
A VACINA
Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Amélia Maria da Silva, a partir de 1 ano e até os 29 anos, o cidadão pode ser vacinado em duas etapas: a primeira dose com a tríplice e a segunda dose com a tetra viral. Uma dose da vacina tríplice viral também está indicada para pessoas de 30 a 59 anos de idade.
Em Limeira, a vacina está disponível nas Unidades Básicas de Saúde com sala de vacinação e na Vigilância Epidemiológica (na Avenida Ana Carolina de Barros Levi, 650). O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h e das 12h30 às 16h.
A cidade tem feito plantões de vacinação nos postos para receber pessoas que queiram colocar a carteira de vacinação em ordem. No próximo sábado (3) o plantão será na UBS do Jardim Graminha (na Rua Luiz Pereira do Prado, 156), das 8h às 12h.
SOBRE O SARAMPO
O sarampo é uma doença infecciosa causada por um vírus, que pode até mesmo evoluir para um quadro grave. A transmissão acontece por meio de gotículas de secreção da tosse, espirro ou mesmo ao falar e respirar, por isso tem um grande poder de contágio.
Os sintomas são a febre alta, acima dos 38,5°C, manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo, tosse, coriza, conjuntivite e pequenos pontos brancos que aparecem na região bucal.