A falta de UTI neonatal no Pronto-Socorro Afonso Ramos, em Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo, obrigou médicos e enfermeiros a improvisarem o atendimento a um bebê em uma caixa de papelão. A própria Secretaria de Saúde do município elogiou a iniciativa que salvou a criança.
Segundo familiares do bebê, que completa dois meses na próxima semana, foram cerca de 30 minutos de atendimento na caixa até que surgisse uma vaga no Hospital Estadual de Sumaré (SP), cidade vizinha. O caso foi registrado na última quarta-feira, 27, mas ganhou repercussão nesta sexta-feira, 29, após fotos serem publicadas nas redes sociais.
A criança foi levada ao local após apresentar problemas respiratórios e as imagens foram feitas pela mãe da criança, sendo divulgadas por sua prima, que se mostrou indignada com a situação. “É revoltante o que fizeram. Improvisar uma caixa de papelão para por minha priminha”, declarou.
A família da menina criticou a falta da tenda de oxigênio, equipamento que não havia no local. Ele custa em torno de R$ 1 mil e, apesar de defendido por profissionais da área, não é exigido para unidades pequenas de atendimento, sendo obrigatório apenas em hospitais e maternidades.
Explicação
A Secretaria de Saúde do município não viu o procedimento da equipe médica como improviso, mas sim como uma “manobra técnica necessária” para o bebê e que permitiu “sua sobrevida até que a vaga no hospital de referência fosse liberada”. A criança segue internada em Sumaré e na noite desta sexta-feira seu quadro foi classificado como estável.