A Secretaria de Saúde de Limeira (SP) informou na tarde desta quinta-feira (29) que aguarda a distribuição de novas doses da CoronaVac, do Instituto Butantan, para dar prosseguimento à aplicação da segunda dose dessa vacina contra a Covid-19 em idosos. No momento, doses para segunda dose estão em falta na cidade.
De acordo com a informação da Prefeitura de Limeira, a previsão é de normalização na próxima terça-feira (4), mas a data não é confirmada. Portanto, a aplicação de segunda dose em idosos está interrompida neste momento. De acordo com a prefeitura, a responsabilidade dessa distribuição é dos governos Estadual e Federal.
Neste momento, de acordo com a Secretaria de Saúde, somente há doses da vacina AstraZeneca/Fiocruz, que são aplicadas nos idosos a partir de 62 anos. A ampliação foi anunciada na quarta-feira (28) pela pasta e a vacinação segue normal, para a primeira e segunda dose desse imunizante. Vale lembrar que a vacina AstraZeneca também precisa de duas doses, porém, tem um prazo maior para aplicação do reforço – 12 semanas.
Já a CoronaVac tem prazo de 14 a 28 dias. Contudo, o Ministério da Saúde informou, em nota técnica na última segunda-feira (26), que a segunda dose deve ser tomada pela população, mesmo fora do prazo recomendado – isso vale para ambas as vacinas. A orientação foi referendada ontem (28) pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em relação à CoronaVac.
“Pedimos que as pessoas não fiquem preocupadas, pois pesquisas recentes mostram que há maior eficácia quando a CoronaVac é aplicada em um intervalo maior e o próprio Instituto Butantan afirma que a segunda dose pode ser aplicada mesmo após os 28 dias”, afirma o secretário de Saúde, Vitor Santos. “A segunda dose é um reforço, que precisa ser tomado, mas não há limitação de sua eficácia se tomada após o prazo”, ressalta.
Segundo o diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, a dose de reforço completa o esquema vacinal contra a Covid-19, conforme preveem ambos fabricantes – Instituto Butantan e Fiocruz. Agora, a expectativa da pasta é que uma nova remessa de doses da CoronaVac seja entregue a Limeira pela Secretaria Estadual de Saúde, já que o Butantan informou que deve entregar amanhã (30), mais doses ao Ministério para distribuição.
Ainda conforme Ferrari, a Secretaria de Saúde cobra, constantemente, o Ministério da Saúde e o Governo Estadual para dar maior clareza e transparência no planejamento de distribuição das doses para que o município possa se programar melhor. “Não sabemos exatamente, até o momento, quando e quantas doses receberemos no próximo lote. Só há uma previsão, sem confirmação”, explica.
Para o diretor e o secretário de Saúde, não há consenso entre Governo Estadual e Federal sobre a utilização de todo estoque para aplicação da primeira dose ou se é necessário reserva para segunda dose. “Fazemos um planejamento rigoroso para atender todas as pessoas, mas dependemos das doses entregues pelo Estado e pela União para cumprir o que eles determinam”, afirma.
Vale lembrar que há vários grupos prioritários contemplados nos planos Estadual e Nacional de Imunização, como forças de segurança, profissionais da educação, caminhoneiros, motoristas de transporte, profissionais da saúde de todos os níveis de atendimento, pessoas com comorbidades, trabalhadores da indústria, entre outros.
“Em Limeira, seguimos dois critérios básicos: manutenção da força de trabalho da saúde e imunização das pessoas com maior risco de morte”, destaca Ferrari. Ele ressalta, ainda, que a falta de CoronaVac para aplicação da segunda dose foi noticiada nos meios de comunicação de abrangência nacional. “É de conhecimento geral a falta da CoronaVac”, finaliza o diretor.