A usina que, possivelmente, é a responsável pelo descarte de carga orgânica ocorrido no rio Piracicaba, no último final de semana, e que causou uma incalculável mortandade de peixes, poderá ser ser multada em cerca de R$ 50 milhões, segundo Jean Carlos Rodrigues Machado, da ONG SOS Rio Piracicaba, e que participou da reunião, na prefeitura, onde foram tomadas algumas medidas para se evitar outra catástrofe semelhante na natureza.
A certeza que o despejo do material, que levou a 0% o nível de oxigênio no rio, foi descartado por essa usina, que é de uma cidade vizinha, virá a tona após divulgação de um laudo, que está sendo elaborado pela Cetesb, além de exames laboratoriais da água coletada no rio e no córrego Tijuco Preto. Os documentos comprobatórios deverão ficar prontos até a próxima quarta-feira (17). Só após esse laudo é que será conhecido o valor real da autuação.
Além da multa, está prevista a determinação para que a usina faça o repovoamento de peixes, cuja quantidade a ser colocada deverá ser definida por uma empresa especializada em repovoamento de alevinos.
Por outro lado, segundo Jean Carlos, existe a notícia de que essa usina, que neste ano foi multada por corte ilegal de árvores, está em recuperação judicial.
“Talvez nem recebamos essa multa, ou então eles paguem em 100 anos, mas uma coisa é certa: isso não vai ficar impune. Iremos lutar e buscar outros recursos para que não haja mais esse tipo de situação. Um deles é ir à Assembleia Legislativa”, declarou.
As demais medidas, impostas pelo prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida, que reuniu-se com representantes do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) e da Cetesb, já foram divulgadas pelo Rápido No Ar.