A Polícia Federal (PF) concluiu, nesta quinta-feira (21), o inquérito que investigou a existência de uma organização criminosa acusada de tentar impedir que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo em 2023. O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aponta 38 pessoas indiciadas por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Entre os principais indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-integrantes do alto escalão do governo, incluindo ministros, parlamentares, militares, e outras figuras próximas ao ex-presidente. Segundo a PF, os envolvidos agiram coordenadamente, divididos em seis núcleos estruturados, para promover ações golpistas.
Principais indiciados
Os indiciados incluem nomes de destaque, como:
- Jair Bolsonaro: ex-presidente da República;
- Almir Garnier Santos: ex-comandante da Marinha;
- Alexandre Ramagem: deputado federal (PL-RJ) e ex-diretor da Abin;
- Anderson Torres: ex-ministro da Justiça;
- Augusto Heleno: ex-ministro do GSI;
- Mauro Cid: ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Valdemar Costa Neto: presidente do PL;
- Walter Braga Netto: ex-ministro da Defesa.
Além disso, outras 29 pessoas foram indiciadas, entre elas militares, assessores próximos e apoiadores envolvidos nas ações de desinformação e apoio logístico às tentativas de golpe.