A Polícia Militar vai adquirir 40 mil pistolas semiautomáticas para reforçar a segurança e as condições de enfrentamento ao crime no Estado de São Paulo. A aquisição, realizada por meio de processo licitatório, prevê o pagamento de R$ 891,66 à austríaca Glock pelo fornecimento de cada pistola calibre.40. Após 28 rodadas de lance no pregão, o valor estipulado pelo licitante vai representar uma economia de R$ 53 milhões aos cofres públicos.
De acordo com o tenente coronel Marco Aurélio Valério, do Centro de Material Bélico da Polícia Militar, a previsão inicial é de que a aquisição gerasse custos mais elevados. “Nossa expectativa era pagar até R$ 2 mil por cada unidade. Com o preço definido em R$ 891,66 iremos economizar R$ 53 milhões. Essa competição dos processos licitatórios é extremamente saudável e os resultados demonstram isso de forma inequívoca. A disputa para fornecer armamentos para a Polícia Militar envolveu dois dos fabricantes mais conceituados do mercado de pistolas”, afirma o tenente coronel, em referência às marcas Glock (Áustria) e Beretta (Itália), finalistas do processo de licitação.
Essas propostas foram apresentadas em sessão pública realizada nessa quarta-feira (21). Agora a empresa austríaca terá dez dias para apresentar amostras que serão submetidas a testes de qualificação. Os participantes e interessados serão informados, por meio de publicação em Diário Oficial, da data do início dos testes.
O processo licitatório prevê que, após a assinatura do contrato, a empresa fabricante entregue 8.000 unidades em até 90 dias. O acordo estipula que a totalidade das pistolas adquiridas seja fornecida em até oito meses após a homologação do acordo.
Programa de modernização
As aquisições fazem parte de um programa de modernização estruturado pelo Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Segurança Pública e Polícia Militar que prevê a realização de 11 licitações internacionais para compra de armamentos com tecnologia de ponta para a PM.
Para setembro está prevista a abertura de outros três processos licitatórios que serão responsáveis pela aquisição de 300 fuzis calibre .556; 1.000 fuzis calibre .762 e 1.000 armas de incapacitação neuro-muscular. “Esta política de segurança objetiva que a Polícia Militar do Estado de São Paulo seja uma referência internacional tanto na adoção de boas práticas quanto na qualidade de seus equipamentos”, diz o tenente coronel Marco Aurélio Valério.