Representante de uma parcela dos empregados da Petrobras, entre eles os trabalhadores das plataformas instaladas na Bacia de Campos, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) manteve a decisão de realizar uma greve de cinco dias a partir desta segunda-feira, 25.
A reivindicação é pela valorização da segurança e emprego dos trabalhadores, que, segundo a entidade, está em risco por conta das demissões dos últimos anos.
Na sexta-feira, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) acatou liminar da Petrobras e estipulou em R$ 2 milhões a multa por cada dia de paralisação.
O argumento é que o sindicato indicou a greve a 18 dias do acordo coletivo. Mas a FUP rebate que apresenta suas reivindicações há anos à empresa sem que tenha qualquer retorno
” É conversa de surdo. A gente fala e a Petrobras não ouve. Já que ela não quer ouvir, a arma que nós temos é a mobilização”, disse o coordenador da federação, José Maria Rangel, em vídeo divulgado aos trabalhadores.
Por falta de revezamento de turnos, algumas unidades da refinaria Rlam, instalada na Bahia, podem parar entre hoje à noite e amanhã, disse o sindicato.
“Já há pessoas com 24 horas de trabalho, a partir de 15 horas, que não estão conseguindo mais operar as unidades. Elas podem sair (da refinaria) a qualquer momento, pois estão estafadas. Se não houver rendição, terão de parar as unidades com segurança”, afirmou o diretor de Relações Institucionais da FUP, Deyvid Bacelar.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse não estar preocupado com a greve. “Não sei quanto aderiram e quantos não aderiram. Mas temos por parte dos sindicatos a garantia de que não haverá nenhum problema no abastecimento. É uma reivindicação que faz parte do jogo democrático e a Justiça está fazendo sua parte”, afirmou.