“Quero que a Justiça seja feita, que ela seja presa e pague pelo que fez”, dizia, nesta manhã de segunda-feira (19), Carlos Mariano Hipólito, pai de Pablo Gabriel Sant’Ana Hipólito, de 27 anos, morto pela namorada, de 22 anos, na madrugada deste domingo (18), no Jardim Planalto, em Piracicaba (SP), ocasião em que a Polícia Militar a levou para a delegacia e ela foi liberada sob entendimento de que agiu em legítima defesa.
O rapaz foi morto por estrangulamento, conforme divulgado pelo Rápido No Ar. Apesar de o crime ter ocorrido às 2h20 da madrugada, Carlos e a mãe de Pablo Gabriel só souberam às 8h da manhã – o pai foi por meio de terceiros e a mãe, Ana Paula Sant’Ana, disse que ouviu da própria investigada que esta havia matado seu filho.
O pai, que pediu para falar com a reportagem, disse que antes da morte do filho falou com ele, até por volta da 0h30, e estava esperando-o para irem juntos à uma festa, mas ele não apareceu. “Me disseram que ela havia pego uma mensagem no celular dele, os dois estavam num evento e voltaram para casa discutindo. Em casa, ela iria jogar o celular dele pela janela, quando ele a puxou pelo cabelo. Como ele havia bebido, acabou caindo e ela caiu em cima dele, virou e começou a apertar o pescoço dele. Ao ver que ele desfaleceu, ela acabou de matar meu filho”, declarou.
“Ela tinha tanto ciúme que ela tentou afastá-lo de nós, colocava ele na rua direto, judiava dele, e chegou a agredi-lo, por diversas vezes, verbalmente e fisicamente. Ele era franzino, não podia com ela que era mais forte que ele. Vivia reclamando dela”, declarou.
Apesar de não ter visto a mulher após o assassinato, segundo Carlos, a namorada de Pablo Gabriel teria enviado um áudio para uma amiga, e esta repassou para os familiares dele. O conteúdo não pode ser revelado ainda, segundo ele, por conta do trabalho da Justiça.
Tentou falar com a mãe
Ana Paula disse que o filho tentou falar com ela, na madrugada, antes de morrer. “Não vi a ligação, por conta do horário, mas acordei na madrugada, retornei a ligação ele não atendeu. Preocupada, porque ele costumava pedir para eu ir buscá-lo, pedi para minha filha ligar, mas também não atendeu”, declarou.
“Liguei no celular dela (namorada dele), mas eu estava bloqueada porque ela não queria que ele tivesse contato com a família. Então, como tenho um outro número de trabalho, liguei por meio dele. Ela nem sabia que era eu e atendeu. Perguntei o que aconteceu, porque o Gabriel me ligou de madrugada, mas não consegui atender. Bem fria, ela me respondeu: pensei que você já estava sabendo”.
E continuou: “Infelizmente, saiu uma briga, a gente rolou e o Gabriel veio a falecer. Eu respondi: o quê? você não está falando isso pra mim. Ela disse: foi isso que aconteceu, eu matei seu filho, foi em legítima defesa”.
Ana Paula disse que saiu desnorteada e foi na vizinha pedir ajuda. Só então ficou a par do que havia ocorrido. “Estavam com documentos dele, viram que tinha mãe e pai, o corpo do meu filho já estava no IML e não entraram em contato com a gente, nem mesmo a polícia. Só soubemos porque fiz essa ligação”.
Enterro
O corpo do jovem está sendo velado no Cemitério da Vila Rezende, de onde sairá às 13h para o enterro no cemitério da Saudade.
Aos familiares e amigos nossas sinceras condolências.