Uma operação deflagrada pela Polícia Militar e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) resultou na prisão de nove indivíduos suspeitos de integrar um esquema de agiotagem associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Os envolvidos praticavam juros abusivos de até 300%, recorrendo a métodos extremos como extorsão, roubo e sequestro para garantir o pagamento dos empréstimos.
As ações foram concentradas nas cidades do Alto Tietê, incluindo São Paulo, Mogi das Cruzes, Poá, Suzano, São José dos Campos, Arujá, Guarulhos e Santa Isabel. Uma prisão também ocorreu em Santa Catarina. Durante as operações, a polícia apreendeu seis armas, incluindo uma submetralhadora, além de R$ 65 mil em dinheiro e cheques, joias, celulares e relógios.
O esquema, que começou em 2020, movimentou mais de R$ 20 milhões apenas no último ano, evidenciando a lucratividade e a organização do grupo criminoso. A estratégia da operação policial incluiu o uso de drones e outras tecnologias avançadas para a identificação prévia dos alvos.
O promotor do Gaeco, Frederico Silvério, destacou a evolução das práticas da facção, que tem migrado para atividades consideradas mais lucrativas e de menor risco em relação à repressão policial, mostrando uma sofisticação na maneira de operar da organização criminosa.