O aumento nas temperaturas e a falta de chuva, são fatores que têm trazido grande incômodo para a vida dos cidadãos. Com isso, algumas questões atuais são levantadas a respeito das queimadas, a falta de temperaturas baixas durante o inverno e a oscilação repentina entre chuvas breves e tempo seco.
O professor Hiroshi Paulo Yoshizane, que leciona Hidrologia na Unicamp, esclarece à equipe do Rápido no Ar o porquê de não termos mais estações bem definidas. “Isso ocorre devido à grande região de expansão urbana. Com essa expansão formou-se aquilo que podemos chamar de ‘ilha de calor’. Nós não temos mais essas características de frio intenso, no inverno ocorrem picos de temperatura que duram um dia ou dois”.
Sobre as queimadas no Pantanal Mato-grossense e como isso pode influenciar no clima, ele afirma, “O direcionamento que vem da massa chuvosa, traz um pouco da acidez que resulta das queimadas, não só do Pantanal, mas de qualquer região em que elas ocorram”. A então chamada “chuva negra” é um fenômeno que tem atingido a região de São Paulo nas últimas semanas. De acordo com pesquisadores, ela possui maior potencial para poluir rios e mananciais.
“Segundo as projeções que temos, a atuação do La Niña, um fenômeno natural que consiste no resfriamento das águas do Oceano Pacífico na região do Equador, interferirá na estação. Com isso, as temperaturas máximas não serão tão altas”, diz o professor sobre o que é esperado para o próximo verão. “Daqui pra frente teremos tendências de chuvas com trovoadas no período da tarde, porém, de curta duração”, conclui.