A Polícia Civil de Piracicaba, por meio da 3ª DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa) prendeu, nesta terça-feira (17), quatro pessoas envolvidas com a morte do casal de empresários José Eduardo Ometto Pavan e Rosana Ferrari, cujos corpos foram encontrados no dia 6 de abril na cidade de São Pedro (SP), conforme já divulgado pelo Rápido No Ar, sendo que, entre os presos, estão os mandantes – um casal de advogados que reside em São Carlos (SP). Os outros dois são os executores.
Para a captura dos quatro, cujas diligências também se estenderam até Praia Grande, no litoral paulista, foram empenhadas diversas equipes da DEIC, uma equipe da Polícia Civil de São Pedro,. e o helicóptero Pelicano da Polícia Civil, vindo de São Paulo, capital.
De acordo com a autoridade que chefiou a megaoperação, delegada Juliana Ricc, responsável pela 3ª DHPP, quando tiveram início as investigações, um parente das vítimas (o casal de empresários havia viajado de Araraquara (SP) para São Pedro) foi ouvido e afirmou que pela forma como o veículo ocupado por José Eduardo e Rosana era conduzido, o mesmo não era dirigido por nenhum dos dois.

O alarme da casa não foi desligado, o carro não foi descarregado, havendo, inclusive um cooler com alimentos perecíveis. As investigações, segundo a delegada, foram intensas e complexas. Conforme as investigações, até o momento foi esclarecido que os mandantes do crime seriam os advogados das vítimas e que o crime se deu por razões patrimoniais.
Analisando processos em que os investigados representavam as vítimas, segundo a delegada, foi descoberto que as mesmas eram induzidas em erro o que gerou o depósito de mais de 2.800.000,00 (dois milhões e oitocentos mil reais) em despesas processuais que nunca existiram.
Para obter tal vantagem, de acordo com apurações feitas pela polícia, os advogados investigados falsificaram inúmeras guias DAREs (documento utilizado para recolhimento de custas e despesas processuais), comprovantes de recolhimento, e até uma decisão judicial, tudo com o objetivo de obter vantagens ilícitas em prejuízo das vítimas.
Sob a alegação de “proteção patrimonial” os advogados investigados se apropriaram de cerca de R$ 12.000.000,00 (doze milhões) em imóveis das vítimas. Após toda expropriação patrimonial, os advogados investigados, teriam encomendado a morte das vítimas e foram identificadas as duas pessoas que teriam participado diretamente da execução do crime.
Nesta terça-feira foram presos os advogados das vítimas: H.P.B, de 44 anos, F.M.T.B de 47 anos, que possuem escritório na cidade de São Carlos e C.C.L.O, de 57 anos, e E.J.V. de 54 anos, que teriam sido contratados para a execução material do crime de homicídio e ocultação de cadáver.
Foi determinado o sequestro de bens dos advogados investigados e o bloqueio de contas bancárias de todos os investigados. Eles irão responder pelos crimes de Homicídio Qualificado, Associação Criminosa, estelionato, Falsidade Ideológica, Uso de Documento Falso e Ocultação de Cadáver.
A operação está em andamento e mais informações serão divulgadas durante esta programação.