A Meta anunciou que irá reativar as contas de Donald Trump no Facebook e Instagram nas próximas semanas, dois anos após ele ter sido suspenso das plataformas por violar regras contra incitação à violência. Segundo Nick Clegg, presidente de assuntos globais da empresa, a decisão foi tomada com “novos mecanismos de segurança para evitar repetições”.
Ele afirmou em um post de blog que “o público deve ser capaz de ouvir o que os políticos estão dizendo, tanto o bom, quanto o ruim e o feio, para que possam tomar decisões na hora de votar”, mas ressaltou que existem limites para o que as pessoas podem dizer na plataforma.
Em 7 de janeiro de 2021, a gigante das redes sociais congelou as contas de Trump no Facebook e Instagram, com o CEO Mark Zuckerberg citando o risco de violência contínua caso o então presidente fosse permitido permanecer nos serviços. Trump havia elogiado os manifestantes que participaram da violência no Capitólio dos EUA em 6 de janeiro em postagens no Facebook, Instagram e Twitter.
Em junho de 2021, a Meta (cujo nome corporativo era Facebook na época) disse que suspenderia Trump até pelo menos janeiro de 2023 e reativaria suas contas “se as condições permitirem”, respondendo a uma recomendação do Conselho de Fiscalização externo da empresa. Trump, que tem afirmado repetidamente e falsamente que ganhou a eleição de 2020, afirma que está buscando a indicação republicana para a eleição presidencial de 2024.
A reativação das contas de Donald Trump nas redes sociais tem sido um assunto polêmico, gerando muita discussão e debate. Enquanto alguns argumentam que o ex-presidente tem o direito de expressar sua opinião, outros argumentam que ele usou as redes sociais para incitar a violência e que ele não deveria ter essa plataforma para se expressar novamente.
A Meta tem novos protocolos em vigor para lidar com contas de figuras públicas que violarem as normas da comunidade. A reativação das contas de Trump será acompanhada de perto e, caso ele viole as regras novamente, pode enfrentar penalidades que variam de um mês a dois anos de suspensão, dependendo da gravidade da violação.
É importante destacar que a Meta afirmou que a decisão de reativar as contas de Trump foi tomada com “novos mecanismos de segurança para evitar repetições”, e que o objetivo é permitir que o público possa ouvir o que os políticos estão dizendo, sejam opiniões boas, ruins ou desagradáveis, para que possam tomar decisões informadas nas urnas. No entanto, isso não significa que não existem limites para o que as pessoas podem dizer em nossa plataforma.
E vale lembrar que, além da suspensão das contas no Facebook e Instagram, Trump também foi expulso de outras plataformas, como o Twitter, após os eventos do dia 6 de janeiro de 2021. Em novembro do ano passado, o empresário Elon Musk reativou a conta do Twitter de Trump, mas até agora o ex-presidente não retomou as postagens naquela plataforma.
Em 2022, Trump lançou a Truth Social, uma plataforma semelhante ao Twitter, onde ele atualmente tem cerca de 4,8 milhões de seguidores. Ele afirmou que permanecerá na Truth Social e não retornará ao Twitter. Na mensagem postada ontem na Truth Social sobre a decisão da Meta, Trump não indicou se pretende retomar as postagens no Facebook e Instagram quando tiver acesso às contas novamente.
