Uma menina que engravidou aos 12 anos após ser estuprada pelo próprio pai entregou o bebê para adoção em São Carlos, no interior de São Paulo, quatro meses após dar à luz. O criminoso, que é acusado de matar a mãe da menina a pauladas, continua foragido.
O crime aconteceu em novembro de 2021, em Goiânia (GO). O pai da menina foi indiciado por estupro de vulnerável, cárcere privado e abandono intelectual, teve mandado de prisão decretado, mas ainda não foi preso.
A vítima não sabe dizer quantas vezes foi abusada, mas afirma que os abusos aconteceram diversas vezes. “Tinha uma vez que ele abusou de mim a noite toda. Aí abusou de mim da noite até no outro dia de manhã”, contou.
A menina afirma que no começo da gestação pensou em fazer um aborto, procedimento que é permitido pela legislação brasileira em casos nos quais a gravidez é resultante de violência sexual, porém, após o primeiro ultrassom ela desistiu.
“No começo sim, eu queria tirar. Só que depois que fez o primeiro ultrassom, que eu ouvi o choro dos bebês no hospital, eu não quis mais abortar. Eu falei que ia direto, com a gestação até o final”, disse.
Com uma gestação de risco, ela passou por uma cesariana e, após quatro meses e meio após dar à luz, a bebê foi entregue para adoção por decisão da própria vítima.
“Eu quero que ela seja feliz, que ela tenha uma vida boa, que ela estude e seja alguém na vida”, afirmou.
A menina foi resgatada dos abusos do pai por uma conhecida da família, quando já estava com quatro meses de gravidez. Hoje, a mulher tem a guarda da menor, que atualmente está com 13 anos.
O caso é investigado pela Polícia Civil de Goiânia (GO).
