Hoje (16) completou um mês que Pierry Ferreira de Oliveira nasceu. Porém, ele ainda não conheceu seu lar, pois, desde o nascimento, está internado na UTI Neonatal da Santa Casa de Limeira (SP). O bebê tem hiperinsulinismo, que causa hipoglicemia, ou seja, baixa concentração de glicose no sangue. Por conta disso, ele tem que ficar com acesso venoso a todo tempo, para controle glicêmico. A família busca na Justiça autorização para conseguir um medicamento que, no Brasil, o uso não é autorizado pela Anvisa. Com o remédio em mãos, os pais César Oliveira e Michele Oliveira, moradores do Jardim Cortez, esperam poder levá-lo para casa.
O medicamento que o casal tenta obter por meio da Justiça é o Diazóxido. A própria Santa Casa e a Diretoria Regional de Saúde (DRS) tentaram, conforme César, conseguir o medicamento, mas sem sucesso. Essa situação tem tirado a paz do casal. “O medicamento não é autorizado no Brasil pela Anvisa e, por conta disso, o único meio possível de obtê-lo é com ação judicial. Minha esposa só chora. Estou me dedicando a todo momento para juntar a documentação e ingressar com a ação na Justiça. Tudo isso aliado com meu emprego”, descreveu Oliveira.
Em relatório entregue ao pai, para que ele acrescente na ação judicial, a médica que assina o documento aponta que o medicamento, nas apresentações de 25mg e 100mg por cápsula, é necessário para que a medicação venosa deixe de ser aplicada e o bebê tenha possibilidade de alta hospitalar com acompanhamento ambulatorial específico. Como o Diazóxido não foi obtido, os médicos aguardam a possibilidade de incluir Pierry no tratamento do ambulatório de endocrinologia da Unicamp. “Sem o medicamento, se ele deixar a UTI, meu filho entrará em coma. Vamos acionar a Justiça para que a Anvisa libere a aquisição e importação do remédio, pois nosso desejo é o de ter nosso filho em casa”, completou o pai.
César acredita que o medicamento custa, incluindo a importação, no mínimo R$ 2 mil. “Vamos pedir a liberação para usá-lo e também que o governo possa pagar por ele, pois o preço é elevado e não temos condições”, finalizou.
O pai pede o apoio dos limeirense na mobilização para conseguir o medicamento. Quem precisar de mais informações sobre o caso pode entrar em contato por meio do telefone 98817-3397.