O laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprovou que o adolescente Bruno Carvalho Cabral, de 16 anos, foi envenenado por chumbinho. Com isso, a Justiça prorrogou a prisão de Cintia Mariano Cabral, madrasta do menino e da jovem Fernanda Cabral, que faleceu em 27 de março.
A prisão foi temporária foi prorrogada por mais 30 dias pelo juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 3ª Vara Criminal. Atualmente, Cíntia está presa no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu (RJ).
O laudo cita que a análise do material gástrico de Bruno apontou explicitamente a presença do veneno chumbinho. “O exame laboratorial, análise do lavado gástrico, realizado no laboratório do Instituto Médico Legal, revelou a presença de 04 grânulos esféricos diminutos, de coloração azul escura. Forma esta de apresentação de raticida amplamente e cladestinamente comercializado, conhecido como ‘chumbinho'”, diz trecho do laudo.
Segundo o laudo do IML, o menino teve um quadro clássico de intoxicação por raticidas, carbamatos, aldicarb. O documento ainda afirma que Bruno provavelmente teria ido a óbito se caso não tivesse sido submetido a tratamento imediato.
No início do mês, um laudo preliminar já apontava indícios de envenenamento. O documento do dia 10 de junho confirmou que se tratava de chumbinho no corpo do adolescente.
No final de maio, o corpo de Fernanda Cabral, foi exumado para tentar constatar a causa da morte. Na ocasião foi atestada a morte por causa naturais, entretanto, ainda suspeita-se que a jovem tenha sido envenenada pela madrasta.
As suspeitas sobre a causa da morte de Fernanda só surgiram após o irmão dela começar a passar mal depois de almoçar na casa da madrasta. Na época, o menino reclamou de ter comido um feijão amargo.
Após passar mal, o garoto foi encaminhado para um hospital onde foi submetido a uma lavagem estomacal e a um exame de sangue que detectou altos níveis de chumbo no sangue.