A Justiça negou o pedido de prisão temporária do ex-namorado da adolescente Vitória Regina Sousa, de 17 anos, encontrada morta na última quarta-feira (5) após ficar uma semana desaparecida em Cajamar, na Grande São Paulo. O juiz Marcelo Henrique Mariano considerou que não existem, “por ora, indícios seguros de autoria delitiva”, sendo necessário aprofundar as investigações antes de qualquer medida mais drástica.
O que se sabe até agora?
O corpo de Vitória foi localizado em uma área de mata com a ajuda de cães farejadores. De acordo com a polícia, a jovem apresentava marcas de violência, estava com o cabelo raspado e sem roupas. A investigação trabalha com diversas hipóteses, mas ainda não há conclusões sobre a autoria do crime.
A prisão do ex-namorado foi solicitada pela Polícia Civil após os investigadores identificarem divergências entre o depoimento dele e o de outras testemunhas. Segundo o delegado seccional Galiano, há uma “grande suspeita” de que o jovem não teria participado diretamente do crime, mas poderia ter conhecimento de que o assassinato seria executado.
Investigação continua: divergências nos depoimentos
A decisão da Justiça também negou o pedido de busca e apreensão na residência do ex-namorado. A polícia agora busca esclarecer as contradições nos depoimentos e aguarda o resultado da perícia para avançar nas investigações. Mais de 11 testemunhas já foram ouvidas, e dois veículos foram apreendidos para análise de impressões digitais.
Próximos passos
A Delegacia de Polícia de Cajamar segue investigando o caso, cruzando depoimentos e analisando provas materiais. Não está descartada a possibilidade de novos pedidos de prisão ou medidas cautelares, caso surjam elementos concretos que apontem para a participação do ex-namorado ou de outras pessoas no crime.