A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi oficialmente incluída na lista de difusão vermelha da Interpol, mecanismo que permite a cooperação policial internacional para localização e prisão de pessoas procuradas. A medida foi tomada por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou a prisão preventiva da parlamentar e o bloqueio de seus bens.
A inclusão na lista amplia o alcance do mandado de prisão, permitindo que Zambelli seja detida em qualquer um dos 196 países membros da Interpol. O objetivo, segundo Moraes, é garantir a aplicação da lei penal, após a parlamentar deixar o país mesmo após ser condenada por unanimidade a 10 anos de prisão pelo STF.
Saída do Brasil e destino
Zambelli deixou o Brasil pela Argentina e seguiu para a Flórida (EUA). Em seguida, viajou para a Itália, onde afirmou que permaneceria, por possuir dupla cidadania. Segundo a assessoria da deputada, ela já está em solo italiano e “em segurança”.
A movimentação internacional ocorreu após Zambelli anunciar, na terça-feira (3), que não retornaria ao Brasil. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão preventiva, não com a intenção de antecipar o cumprimento da pena, mas para evitar a evasão e assegurar eventual aplicação da justiça.
Difusão vermelha e antecedentes
A difusão vermelha é usada para alertar e solicitar cooperação internacional na captura de foragidos da Justiça. A Interpol já havia negado, anteriormente, pedidos para incluir outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro na mesma lista.
Com a medida, Carla Zambelli passa a figurar entre os nomes procurados internacionalmente, enquanto o STF e as autoridades brasileiras aguardam cooperação da Itália em caso de eventual extradição.