Uma notícia divulgada pelo Jornal Lance! pegou a diretoria do Independente de surpresa. A 1ª Vara do Trabalho de Limeira, da Justiça de São Paulo, determinou que o Palmeiras deposite R$ 1 milhão em uma conta judicial pela compra do zagueiro Micael.
Esse valor seria destinado para pagar dívidas trabalhistas do Independente. Segundo a matéria, a quantia é referente ao mecanismo de solidariedade da Fifa, que destina até 5% do valor da transferência para o período de formação do atleta, entre os 12 e 23 anos. Micael atuou no Galo entre 2018 e 2019 e se profissionalizou no clube.
O Independente conta com essa quantia milionária para buscar o acesso para a Série A-4 do Campeonato Paulista, além de realizar melhorias no Pradão. O Palmeiras pagou 5 milhões de dólares (R$ 28,5 milhões) por 80% dos direitos econômicos do zagueiro, que assinou contrato até o final de 2029.
Por telefone, o presidente Mário César Rodrigues, o Marinho, disse que seu departamento jurídico já foi acionado e que vai brigar na Justiça pelo dinheiro a que tem direito sobre o zagueiro.
Segundo o dirigente, o Palmeiras está sendo cobrado injustamente, pois o Independente não fez nenhum acordo com o Verdão.
“Veja bem, o Palmeiras tem que pagar o Dynamo Houston, dos Estados Unidos, pelo passe do Micael. Aí, o time norte-americano tem que repassar uma quantia ao Atlético/MG. E nesse caso, o time mineiro terá que cumprir com o acordo que fez com o Independente, quando ficou com o Micael em 2019. Simples assim”, explicou.
Marinho disse também que a dívida trabalhista do Independente gira em torno exatamente de R$ 1 milhão.
“Não sou contra pagar essa dívida. É o nosso objetivo. Só não acho que a Justiça tenha que ficar com os 100% do valor que será retido. Utilize 50% dessa quantia para pagar os atletas que entraram com ações contra o Independente e nos repasse 50% para que a gente possa tocar o clube este ano. Estamos contando muito com esse dinheiro”, justificou.
Vale lembrar que o Independente não contará com a cota de R$ 55 mil da Federação Paulista de Futebol pela participação na Bezinha deste ano, exatamente por conta de dívidas trabalhistas.
“Nós também vamos brigar com a FPF. Pode reter 50, 60 ou até 70% desse valor, mas não tudo. Não é justo. Os times do interior passam por muitas dificuldades financeiras e não ter sequer uma ajuda é bem complicado”, completou.