O Independente tinha três decisões pela frente no Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Para continuar com chances reais de classificação para o mata-mata era preciso vencer os três jogos restantes, começando pelo Paulista, no Pradão.
O jogo que começou na sexta-feira à noite terminou somente no sábado. Isso porque, faltou energia em uma das torres de iluminação e o jogo foi interrompido aos 7 minutos do 1º tempo. E todos lamentaram, pois o Galo estava pressionando o rival.
O reinício no sábado foi da mesma forma, com o Independente melhor em campo. Segundo o historiador Kina Mercuri, um dos poucos presentes ao estádio, o alvinegro criava, criava, criava, mas não marcava.
Com o passar do tempo, o nervosismo tomou conta dos galistas. Nada dava certo e o gol salvador não saía de jeito nenhum. Vale lembrar que no primeiro turno, em jogo que marcou a reestreia de Álvaro Gaia no comando técnico, o Independente venceu no Jayme Cintra por 2 a 0, gols de Paulinho e Luiz Carlos.
Gaia colocou Luiz Carlos na etapa complementar e o meia exigiu ótima defesa do goleiro Viotte em cobrança de falta. Dois minutos antes, o promissor Lucas Soares, do Sub-20, entrou no lugar de Fabinho e em sua primeira oportunidade, saiu na cara do gol aos 20 minutos, mas finalizou por cima.
Aos 38 minutos, em um contra-ataque bem executado pelo Paulista do lado esquerdo, o centroavante Natan chutou cruzado, sem chances para Mayson. Era o golpe de misericórdia no Independente. No minuto seguinte, após falta cobrada por Luiz Carlos, o zagueiro Crepaldi desviou e a bola tocou na trave. Final, 1 a 0.
Fim de um longo tabu. Jamais o Paulista tinha vencido no Pradão. Até então eram nove confrontos, com cinco vitórias galistas e quatro empates.
O Independente segue em penúltimo lugar do Grupo 4, com 8 pontos. O Galo ainda não está eliminado 100%, mas depende de uma combinação de resultados muito improvável para se classificar. Teria que ser um milagre daqueles. Avançam de fase os dois melhores de cada grupo, além dos quatro melhores terceiros colocados.
Para começar, o Independente teria que vencer a líder e já classificada Itapirense, em Itapira e o Amparo, no Pradão, para chegar aos 14 pontos, 4 vitórias e um saldo positivo – hoje é de -1.
Pois bem, o Rio Branco, que está na vice-liderança com 13 pontos (4 vitórias e saldo de 3), só poderia somar mais um ponto nas duas rodadas finais. O Tigre tem o Amparo fora de casa e fecha com o lanterna União São João, no Décio Vitta.
O Amparo, que soma 12 pontos em 3º lugar, também só poderia somar um ponto, o do próximo jogo contra o Rio Branco. Isso porque, na última rodada jogará no Pradão, no confronto direto.
O Paulista, que soma 12 pontos em 4º lugar, também só poderia somar um ponto. O time de Jundiaí jogará domingo em Araras contra o União e na última rodada receberá a Itapirense. Ou seja, o Independente teria que ter muita sorte para terminar em segundo lugar na chave.
Situação
Demais resultados da oitava rodada: Rio Branco 1 x 2 Itapirense e Amparo 4 x 0 União São João.
Na classificação: 1) Itapirense 20, 2) Rio Branco 13, 3) Amparo e Paulista 12, 5) Independente 8 e 6) União São João 1.
No sábado, pela penúltima rodada: 15h – Itapirense x Independente e Amparo x Rio Branco. No domingo, 10h – União São João x Paulista.
Independente 0 x 1 Paulista
Gol – Natan aos 38 minutos do segundo tempo
Local – Pradão
Árbitro – Gabriel Petrini Rodrigues da Cruz
Público – 259 pagantes
Independente – Mayson; Renato, Crepaldi, Arthur e Gabriel; João Paulo (Cristian), Théo (Luiz Carlos), Fabinho (Lucas Soares) e Dieguinho (Pablo); Vitinho e Erick (Aritana). Técnico – Álvaro Gaia.
Paulista – Viotte; Lucas Sena, Lucas Augusto, Koiote e Guilherme; Bruno Pará (Amarildo), Ceará, Kevin (Caíque) e Carlos Eduardo (Maycon); Morungaba e Natan. Técnico – Roberval Davino.
Ocorrências – cartões amarelos para Gabriel e Pablo (IN), Koiote, Natan e Ceará (PA)