A ousadia dos estelionatários parece que não tem fim. Agora os criminosos estão realizando uma falsa pesquisa se passando por representantes do Datafolha, a pedido do Ministério da Saúde, orientando as pessoas sobre o Covid-19, e fazendo algumas perguntas.
Em uma gravação obtida pela nossa equipe de reportagem, o estelionatário de uma forma bastante articulada, explica sobre a pesquisa e fala ainda que representa o Ministério da Saúde, em seguida faz a seguinte pergunta: “Após o vírus Covid-19 chegar ao Brasil a senhora teve alguns desses sintomas: febre, dores de garganta, dores de cabeça, tosse ou falta de ar?” – Assim que a vítima responde, ele continua: “As atividades remuneradas da senhora estão ocorrendo normalmente”?
A falsa pesquisa ainda continua perguntando sobre a idade da vítima e se ela trabalha de forma registrada, autônoma ou é empresária, e ainda se convive com alguém do grupo de risco, como gestantes, idosos ou crianças de colo. Assista:
Após encerrar as perguntas, o bandido então tenta aplicar o golpe fazendo com que a pessoa perca o seu WhatsApp – “Agora, somente para finalizar a pesquisa com sucesso aqui no nosso sistema, nós geramos um número de protocolo que contém 6 dígitos. Me informe por gentileza se a senhora recebeu”? – pergunta o marginal.
Assim que a vítima confirma que o código chegou, o bandido tenta efetivar o golpe – “Agora eu preciso colocar no sistema que a pesquisa foi realizada com sucesso. A senhora pode por gentileza confirmar esses seis dígitos”.
No caso da gravação, a mulher percebeu que se tratava de um golpe e respondeu ao estelionatário – “Não, porque você quer o código do meu WhatsApp, aí não dá né.’’ – Imediatamente o golpista desligou o telefone.
A prática utilizada pelos estelionatários tem se tornado comum em todo o país. Eles utilizam uma ferramenta do WhatsApp que serve para que as pessoas possam trocar de número de telefone e manter a mesma conta. Os cibercriminosos então solicitam esse código que chega através de uma mensagem via SMS com 6 dígitos no celular da vítima. Se a pessoa confirmar o número do código, os bandidos conseguem acessar o aplicativo de um outro aparelho, com todos os contatos da vítima e então começam a tentar extorquir dinheiro de parentes e amigos da vítima.