Estamos há um ano em uma briga ‘desleal’ contra um inimigo forte, invisível, mutante, de difícil combate: o COVID-19, sim, um vírus que é transmitido de pessoa para pessoa de forma fácil (de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio de toque do aperto de mão contaminadas; gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro e de objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, talheres, maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc.) e por conta desta facilidade de transmissão, o mundo inteiro está sofrendo com o Covid.
A doença é séria, causa sofrimento, dor, leva ao hospital, existe risco de morte. É um vírus que ataca aos pulmões do paciente, dificultando a respiração, fazendo com que o mesmo precise muitas vezes de internação e recurso de oxigênio. Além disso, febre alta, dores no corpo, tosse, dispneia, coriza, dor de garganta, diarreia, náusea, vômitos, perda de olfato e/ou paladar, dentre outros.
Idosos e pessoas com alguma outra doença pré-existente podem apresentar a doença de forma mais agressiva e correm risco de vida. Crianças, via de regra, podem apresentar a forma mais branda da doença, entretanto transmitem a mesma como qualquer um de nós e podem apresentar formas agressivas da mesma também.
Somos seres sociais, gostamos da interação, do abraço, dos três beijinhos, dois ou um para dar oi, somos pessoas que gostam do abraço e temos costume de abraçar para comemorar, para consolar, para demonstrar afeto, para darmos apoio. Somos “um país tropical, abençoado por Deus”, sorrimos uns para os outros, encostamos o tempo todo enquanto conversamos…
Máscara, álcool em gel, distanciamento social, não nos reunirmos para um café, para conversarmos entre amigos nos causa sofrimento e tristeza. Além disso, fase vermelha nos impacta diretamente, pois afeta nosso financeiro, afeta nossa rotina, não podemos mais fazer coisas regulares, que antes fazíamos. Parques são fechados. Só temos delivery. Escolas fechadas novamente. Tudo isso para tentarmos conter o alastramento da doença, que tem, inclusive, atingido de forma mais cruel os mais jovens também.
Muitas cidades com mais de 90% de UTIs usadas, outras com 100% delas, já temos presentes entre nós variantes novas do vírus (novas linhagens) que nos assustam. Já vimos reinfecção. Jovens sendo atingidos de forma mais graves pela doença.
Todo esse cenário nos causa sofrimento, insegurança, medo, ansiedade, angústia, dor. Temos muito medo de morrer, de sofrer com a doença, de perder a vida, ficamos ansiosos com comércio fechado, com a economia afetada, sentimos dor ao ver conhecidos e parentes morrendo, ficando doentes.
Nossa esperança é a vacina, enquanto não conseguirmos vacinar em rebanho, estaremos com grandes riscos de contaminação. As vacinas ainda são poucas e não contemplam a todos, pelo menos por enquanto.
Neste momento a rede de solidariedade ajuda muito, vamos nos ajudar uns aos outros. Os jovens vão ao mercado (com toda a segurança e protocolo exigidos) pelos mais velhos, as crianças ficam em casa (quem puder, desenvolva atividades lúdicas e brincadeiras no quintal, ao ar livre com elas), quem puder, doe alimentos, doe produtos de higiene a quem está em dificuldade. Siga as recomendações de uso das máscaras. Se puder, saia com kit álcool em gel, sabonete, máscara descartável para doar em semáforos aos moradores de rua. Esse é o momento de nos ajudarmos uns aos outros.
Se você se perceber muito ansioso, com sintomas de tristeza grandes, insegurança, se se perceber com o sono alterado, humor alterado, não sofra sozinho. Procure ajuda de um Psicólogo, de um Médico Psiquiatra. As sessões e consultas estão ocorrendo de forma virtual (on-line) e têm ajudado muito a muitos pacientes.
Estamos todos exaustos, desde médicos até a população em geral, fomos todos afetados (nós e o mundo todo), a insegurança nos assola, portanto, vamos buscar as saídas mais funcionais neste momento. Vamos nos apoiar uns aos outros. Formemos uma rede de apoio e de solidariedade para vencer este vírus, que se tornou um grande desafio dos tempos de hoje.
Encerro com o convite usual a reflexão: “Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro.” Leonardo da Vinci
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