O Ministério da Agricultura suspendeu temporariamente a produção de refrigerantes da unidade da Solar Coca-Cola em Maracanaú, no Ceará, após suspeita de presença de álcool etílico no produto. A decisão foi anunciada pelo ministro Carlos Fávaro nesta quarta-feira (4), que esclareceu que a paralisação é preventiva, enquanto amostras passam por análise laboratorial.
Segundo o ministro, a inspeção detectou vestígios de cafeína no líquido de resfriamento utilizado na linha de produção. O líquido, composto por água e etanol alimentício, não deve ter contato com o refrigerante. O objetivo agora é apurar se houve inversão nesse processo e se o etanol foi parar nos produtos engarrafados.
“Se tiver a presença de etanol alimentício [no refrigerante] não pode comercializar. Mas, se por acaso alguém consumir, não vai morrer”, afirmou Fávaro, destacando que o risco é comercial, e não à saúde. O ministro chegou a brincar: “Se tiver etanol alimentício, aí virou uma Cuba-libre”.
Empresa realiza testes com 9 milhões de litros
A Solar Coca-Cola, segunda maior fabricante da marca no Brasil, informou que cerca de 9 milhões de litros de refrigerante foram direcionados para análise. Em nota, a empresa confirmou a interrupção das atividades e afirmou que o procedimento é parte de uma verificação de rotina.
“Estamos conduzindo testes rigorosos para comprovar a total segurança de nossos produtos”, disse a Solar. A companhia também garantiu que segue “altos padrões internacionais de produção e segurança alimentar”.
Resultado pode sair em poucas horas
De acordo com o Ministério da Agricultura, os testes laboratoriais devem ser concluídos ainda nesta quarta. A partir dos resultados, o governo decidirá se mantém a paralisação da produção ou se libera o retorno das operações na fábrica.
A unidade de Maracanaú é uma das várias mantidas pela Solar no país e responde por parte significativa do fornecimento de refrigerantes no Nordeste.



