Uma polêmica que ultrapassa mais de cinco décadas está de volta, a reabertura da passagem do Jardim Orestes Veroni para o Jardim Kelly, em Limeira (SP). Fechada há pouco mais de dois anos, após inúmeras reclamações de moradores próximos, a passagem está servindo novamente para travessia de carros, motos e veículos pesados.
A história começou há mais de 50 anos, quando os bairros formaram povoados e o município teve a sua expansão territorial. Os bairros foram asfaltados, na década de 80 e necessitava-se da última parte, a da passagem que fica entre o final da Rua Fioravante Ragonha e o início da Rua João Quadros Júnior. O local não recebeu a pavimentação até hoje.

A estrada de terra fica ao lado de uma área chamada de abacateiro, muito conhecida nos anos 60, 70 e 80. Existiam duas passagens neste terreno – a de cima foi fechada em definitivo com alambrado. A de baixo (motivo da matéria) serve para especulações e questionamentos.
Conversando com moradores da região, eles afirmam que a área é particular, por isso não ocorreu a pavimentação. Inclusive já buscaram informações junto à Prefeitura de Limeira e Câmara Municipal e a resposta foi a mesma – a área é de propriedade privada, não pode receber melhorias ou recursos públicos.
No entanto, alguns detalhes chamam a atenção para uma área particular. Postes foram colocados na estrada de chão batido, existe uma área ambiental e ao final da via, foi instalado um ecoponto.
Moradores como dona Yone Ruiz, 74 anos, que reside no Orestes Veroni há mais de 40 anos, disse que a passagem aberta significa um avanço para contemplar a chegada à Via Luíz Varga. “É uma maneira dos motoristas chegarem mais rapidamente ao Anel Viário”, disse ela.
Lucio Frederico Barbosa, 78 anos, morador do Jardim Kelly, acredita que a “reabertura da passagem dará a oportunidade dos motoristas ganharem tempo, já que as rotas alternativas ficam distantes”, afirma ele.
Para chegar ao Anel Viário, os motoristas e motociclistas tinham que seguir pela Avenida Sargento Pessoto (da Vila Camargo à Vila Piza) ou pela Rua Otto Frederico Burger (do Jardim Nova Suíça ao Jardim Alvorada).
No pensamento contrário sobre acessibilidade, está a dona de casa Jordia Dalila Stein, 67 anos. A moradora disse que sofreu muito com a poeira dos últimos anos, por esse motivo prefere que o local ficasse isolado. “É melhor que feche, pois, a poeira e o barulho incomodam muito. É barulho até de madrugada aqui”, avalia.
O local foi fechado duas vezes há pouco mais de dois anos, a pedido de moradores, devido a registros de roubos, excesso de poeira e principalmente por descarte de lixo e entulhos.
A passagem foi isolada com monte de terra da primeira vez e com bloco de concreto na segunda.
A Secretaria de Comunicação foi questionada sobre a situação do asfaltamento e reabertura da estrada de terra.



