Após 15 horas de julgamento no Fórum de Piracicaba (SP), por volta da 1h da madrugada desta quinta-feira (20), foi lida a sentença dos três envolvidos no assassinato brutal da ex-vereadora Madalena Leite, morta a golpes de facão na região da cabeça.
Jefferson Luiz da Silva Leite (conhecido como Jéssica) e que era considerado o braço direito de Madalena, e Marcelo Tomaz Sancearusso, foram condenados a 32 anos cada. Já a pena maior, de 36 anos, ficou para Wemerson Carlos Ferrante. Segundo a Justiça é porque ele era reincidente e envolvido com facção criminosa.
Os três, que já estavam presos, e cujo esclarecimento do crime se deu nove dias após o assassinato, através de um trabalho chefiado pela delegada Juliana Ricci, da 3ª DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), unidade especializada da Deic, vão responder por Homicídio Duplamente Qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima), além do agravante de o crime ter sido praticado contra pessoa idosa.
Madalena, conforme divulgado pelo Rápido No Ar, foi assassinada em abril de 2021 e o corpo foi localizado no sofá, por um vizinho que tinha uma cópia da chave. O crime teria sido motivado por vingança, uma vez que um dos envolvidos havia sido expulso da comunidade do bairro Boa Esperança, onde Madalena era líder.
A ex-vereadora costumava ajudar muita gente, principalmente as pessoas mais carentes. Também organizava festas para a comunidade. Por longos anos, Madalena desfilou no carnaval de rua de Piracicaba e era muito aplaudida.
Para o promotor de Justiça Aluisio Antônio Maciel Neto, que conversou com a reportagem nesta quinta-feira, “a Justiça foi feita. Não foi apenas mais um Júri realizado, mas a resposta da sociedade a um crime bárbaro, que ceifou não apenas a vida de uma líder comunitária, mas de um capítulo vivo da história piracicabana. Que a memória de Madalena permaneça em todos aqueles que ela ajudou em sua caminhada”.
Ao término do julgamento, os réus retornaram para as unidades prisionais de origem.




