Em comemoração ao Dia dos Professores, celebrado em 15 de outubro, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) divulgou um levantamento que traça o perfil dos mais de 200 mil profissionais da rede. Segundo os dados, 171,7 mil atuam diretamente em sala de aula, enquanto os demais estão em unidades regionais e órgãos administrativos.
Entre os docentes, as mulheres representam 70,5% do total em sala de aula. A faixa etária predominante é de 40 a 49 anos, concentrando 33,6% dos profissionais. Os nomes mais comuns entre os professores são Maria, José, Ana e Paulo.
Professores de matemática são maioria nas disciplinas
Entre as áreas de atuação, a matemática lidera com 27.997 professores, seguida de língua portuguesa (27.455), história (18.255) e geografia (16.856). Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a presença feminina é ainda mais expressiva: são 44.241 mulheres e 6.411 homens.
O professor Lucas Pontes de Jesus, de 34 anos, exemplifica esse perfil. Morador de São Bernardo do Campo, ele leciona na mesma escola onde estudou e também atua no projeto Aulas Olímpicas aos sábados. “Trabalhar na rede pública tem um impacto pessoal. Você participa do saber do aluno, transforma histórias”, afirmou.
Formação avançada também está presente na rede
O levantamento também mostra que há 52.295 professores com especialização, 5.388 com mestrado e 1.309 com doutorado. É o caso da professora de história Nicole Damasceno, que leciona na Escola Estadual Professor Andronico de Mello, em São Paulo.
Com doutorado em temas ligados à infância e escravidão no Brasil, Nicole destaca a importância de oferecer aos alunos acesso a fontes históricas e a debates aprofundados. “É gratificante trabalhar com o Ensino Médio e contribuir com o desenvolvimento da consciência política e social dos estudantes”, afirmou.
Diversidade de origem e presença internacional na rede
O levantamento também revelou dados sobre a origem dos docentes. A maioria nasceu no estado de São Paulo (142.118), mas há grande presença de professores oriundos de Minas Gerais (6.135), Bahia (5.152), Paraná (4.694) e Pernambuco (2.850).
A rede estadual ainda conta com professores estrangeiros, especialmente nos Centros de Estudos de Línguas (CELs). Os países com mais representantes são Portugal (27), Japão (24), Chile (19), Argentina (14) e Angola (12).
Com relação à autodeclaração racial, 128.069 professores se identificam como brancos, 29.799 como pardos, 12.542 como pretos, 843 como amarelos e 439 como indígenas. A rede também conta com 40 professores atuando em escolas quilombolas.




