Mais de 20 policiais civis contribuíram na produção de um livro que aborda a gestão e as boas práticas aplicadas pelas Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) do estado de São Paulo ao longo dos anos. É uma obra escrita e coordenada por mulheres que lutam diariamente para o acolhimento de vítimas e no enfrentamento da violência doméstica.
“O que tentamos fazer no livro foi unir a fala dessas mulheres para que elas conversem sobre boas práticas e o que funciona ali nas delegacias onde elas atuam, bem como as soluções que fazem a diferença na vida das vítimas”, disse a delegada, coordenadora e coautora do livro, Soraya Galesi.
As autoras são delegadas, escrivães e uma assessora especial da Secretaria da Segurança Pública. Elas compartilharam conhecimento, experiências e projetos implementados nas DDMs pelo estado.
Entre os temas abordados estão a atuação colaborativa entre instituições, inovações tecnológicas, logística das unidades policiais e atendimento humanizado.
As abordagens são centradas nas mulheres e nas crianças vítimas de violência doméstica e familiar, com histórias inspiradoras de dor e superação, além da relevância na integração de equipes multidisciplinares para melhor acolher as vítimas.
“Essa interlocução com a rede faz com que a gente possa tirar essa mulher do ciclo de violência e, às vezes, até prevenir uma agressão ou um feminicídio”, completou a delegada.
O livro não apenas documenta a evolução da prestação policial e social nas DDMs, mas, também, serve como um guia para buscar melhorias na segurança pública.
Reuniões estratégicas
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, se reuniu com as delegadas nesta segunda-feira (12) para discutir as principais demandas das DDMs e ouvir as ideias de quem está na ponta da linha para aperfeiçoar as iniciativas do estado no combate à violência contra a mulher.
“Nosso intuito é sempre ouvir quem está à frente para, a partir de então, aprimorar o trabalho desenvolvido nas delegacias em todo o estado”, comentou o chefe da pasta. “Fortalecer as unidades, aumentar o efetivo e valorizar a atuação dessas policiais também é um pilar primordial para o enfrentamento da violência doméstica”, finalizou.