A Defesa Civil Estadual divulgou um novo boletim na manhã desta terça-feira (28). O número de mortes provocadas pelas chuvas em Minas subiu para 50. O levantamento aponta duas pessoas desaparecidas: uma em Luisburgo e outra em Conselheiro Lafaiete, que se localizam interior de Minas Gerais. A quantidade de desalojados chegou a 28.043 e o de desabrigados, a 4.101.
O número de pessoas mortas aumentou em relação ao boletim desta segunda-feira (27), que indicava 47 óbitos. Até o momento, 65 pessoas ficaram feridas.
De acordo com o especialista, a causa direta das chuvas dos últimos dias é a zona de convergência do Atlântico Sul, a grande faixa de nuvens que se estende da floresta amazônica até o oceano e é responsável pelas chuvas na região central do País e no Sudeste.
Diante da tragédia, o Estado ampliou para 101 o número de municípios em situação de emergência em função dos temporais. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Governo de Minas Gerais na segunda-feira (27). A medida, que já foi reconhecida pelo governo federal, vale por 180 dias e possibilita ações mais céleres para a recuperação dos estragos e auxílio à população. Todos os órgãos estaduais estão autorizados a atuar nos trabalhos sob coordenação da Defesa Civil de MG.
Canuto prometeu que o governo federal vai disponibilizar R$ 90 milhões para atender às demandas relacionadas às fortes chuvas em Minas Gerais.
Em Belo Horizonte, a Defesa Civil Estadual confirmou 13 mortes. Cinco eram de uma mesma família, que morreram após desabamento de casa no bairro Jardim Alvorada, na Região da Pampulha, na noite sexta-feira (24). O Instituto Médico Legal (IML) já identificou e liberou todos os corpos da Região Metropolitana de BH.
O Ministro do Desenvolvimento Regional do Brasil, Gustavo Canuto, esteve em Belo Horizonte no domingo (26) e disse que os atingidos pela chuva devem ter antecipação do Bolsa Família e do saque do FGTS.
No Espírito Santo, a chuva deixou 8.914 desalojados e desabrigados e nove mortos.