A ideia surgiu no Canadá: simbolizar, por meio de um laço branco, a mobilização dos homens pelo fim da violência contra as mulheres. A data escolhida, 6 de dezembro, lembra um evento trágico ocorrido em 1989, que foi o assassinato em massa de mulheres em uma escola de Montreal. Atualmente, cerca de 50 países têm manifestações da sociedade civil para ressaltar que, se há homens agressores, existem aqueles que repudiam as agressões.
Um bottom com o laço branco esteve no peito dos parlamentares durante a mobilização feita na Câmara, dentro da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. Desde 2007, a Lei do Laço Branco (Lei 11.489/07) destaca a importância do 6 de dezembro para este esforço de conscientização.
Durante a mobilização, parlamentares apontaram o crescimento dos índices de violência contra a mulher durante a pandemia do coronavírus. A deputada Tereza Nelma (PSDB-AL), que é a Procuradora da Mulher, lamentou que o isolamento social imposto pela crise sanitária tenha tido essa consequência.
“É muito contraditório. No momento em que essa pandemia veio, que as famílias tiveram que conviver, tiveram que passar o dia juntos, pai, mãe, filho, marido, toda a família, explodiu a violência. Isso é muito triste, essa questão dessa violência, esse aumento de quase 50% de violência, de feminicídio e de estupros no nosso país. ”
Além dos laços brancos, a manifestação na Câmara pela mobilização dos homens contra a violência de gênero incluiu cartazes com slogans como “O Machismo Mata Todos os Dias” e “Viver em um Lar Sem Agressor é um Direito de Todos”.