A técnica de enfermagem Edina Vieira da Silva, de 38 anos, vai poder chegar em casa nesta quinta-feira (21) e compartilhar com a família um momento raro nos últimos meses de mais tranquilidade. Atuando na linha de frente na Unidade de Referência Coronavírus (URC), ela foi a primeira profissional de saúde a receber a dose da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan. “É um alívio, uma sensação de paz e de tranquilidade”, disse, sabendo que ainda terá que receber a segunda dose e aguardar alguns dias para ficar imunizada contra o vírus. Edina também é técnica de enfermagem na Santa Casa.
Edina estampa um otimismo singular no rosto. Ela é uma brasileira. Atua na profissão há sete anos. Aos 38 anos, tem uma filha de 22, e uma neta de pouco mais de 1 mês – estrutura familiar que alimenta ainda mais a esperança de viver. “Vacinada, terei mais segurança ao lidar com os pacientes, mas também poderei transmitir a minha família um sentimento de tranquilidade. Isso é fundamental”, observa. Sob aplausos e ao lado do prefeito Mario Botion ela recebeu a picadinha da agulha de uma das mais experientes funcionárias da Secretaria de Saúde, a enfermeira Amélia Maria Pereira da Silva.
EMOÇÃO
Depois de Edina, o segundo vacinado em Limeira foi o enfermeiro Apoen Lopes Bueno, de 30 anos. Entre os três primeiros vacinados no município, ele era o mais emocionado – chegou a ir às lágrima segundos antes de receber a dose, também da enfermeira Amélia. A vice-prefeita Erika Tank estava ao seu lado.
Apoen, que tem sete anos de profissão, está na linha de frente na URC desde maio. Ele é enfermeiro intensivista e atua na UTI. No período, conviveu com muita tristeza e alegria. “O momento agora é de esperança e de vitória”, diz. Esperança de podermos voltar a normalidade em algum tempo”, reforça ele.
O médico Rafael Maloto Panetta, de 39 anos, foi o terceiro a receber a dose de CoronaVac, aplicada por Amélia. O secretário Vitor Santos (Saúde) estava ao seu lado. “É um alívio!”, define ele, que atua como médico intensivista também na UTI da URC.
Aos 15 anos de profissão, o médico, que também é cardiologista, assinala que é a “pior doença” que já lidou nesse tempo todo. Morador em Campinas, ele atua na UTI da URC desde agosto. Tímido nas palavras, ele reforça uma constatação “A humanidade está lidando com uma doença muito grave”.