Uma parceria entre a iniciativa privada e o poder público vem garantindo a preservação de importantes espécies marinhas, como tartarugas, golfinhos e aves, no litoral de Ilhabela (SP). Nos últimos três meses, a ação Lixo Marinho já retirou duas toneladas de lixo flutuante ou submerso, que representam riscos para esses animais, em 31 costeiras da ilha.
Em 17 pontos, foi necessária a ação de mergulhadores para limpar o fundo do mar, poluído por latas, garrafas e resíduos de plásticos. Foram abordadas 239 embarcações para a entrega de sacolas ecológicas e folders educativos.
Quatro comunidades tradicionais – Castelhanos, Bonete, Ilha de Búzios e Ilha da Vitória – tiveram palestras sobre os impactos da poluição e o descarte correto do lixo.
Conforme o engenheiro ambiental Kelvin Teixeira, que atua no projeto, os mergulhadores têm papel importante no trabalho de limpeza, pois conseguem retirar plásticos, linhas e outros objetos depositados no fundo do mar e que podem afetar a vida marinha.
Tartarugas, peixes e golfinhos podem morrer após ingerir pedaços de plástico que se assemelham a águas-vivas, que fazem parte de sua dieta. Esses animais também são vítimas de redes ou linhas de pesca abandonadas no mar. “Recolhemos uma quantidade absurda de lixo, inclusive material de grande impacto na natureza, como pneus, colchões e isopor”, disse.
A ação Lixo Marinho e realizada pelo projeto Operação Praia Limpa, contratado pela prefeitura de Ilhabela com apoio institucional de empresas do setor privado e institutos ambientais.