O Comitê Organizador da Copa América avaliou positivamente nesta terça-feira (25) a média de público na primeira fase da competição, que foi de 29.379 mil torcedores. Segundo dados apresentados hoje (25) pelo gerente geral de Competição do Comitê Organizador Local, Thiago Jannuzzi, a média de público foi 35% maior que a da primeira fase da Copa América de 2015, e 16% maior que toda a média de público da última edição.
“Com a fase eliminatória, essa média vai subir ao longo da competição”, disse Januzzi, que afirmou ser possível ultrapassar a média de público 30 mil por jogo e apresentou que cerca de 530 mil pessoas compareceram aos 18 jogos já realizados.
Januzzi participou de uma entrevista coletiva à imprensa que fez um balanço da primeira fase da competição. O diretor de Operações do Comitê Organizado Local, Agberto Guimarães, também estava presente e avaliou como natural que alguns jogos tenham público inferior à média.
“Não estamos olhando só para o que teve menos ou o que teve mais. É uma soma de todos os jogos. É natural em qualquer evento esportivo que a gente tenha algumas partidas ou alguns esportes que tenham mais apelo em relação a publico e outros, não. Aconteceu aqui, e isso a gente vê com naturalidade.”
Os dirigentes também responderam sobre o preço dos ingressos, considerado alto por críticos. Januzzi afirmou que é preciso fazer frente aos custos da competição e disse que os bilhetes estão em média 30% mais baratos que na Copa do Mundo do Brasil e 10% mais caros que na Copa América do Chile. O gerente descartou a possibilidade de promoções com preços inferiores aos já praticados:
“A gente não pode alterar a política de preço durante o evento. Não é permitido para respeitar os que já adquiriram o ingresso”, ressaltou.
Thiago Jannuzzi informou que hoje, a partir das às 18h, um lote de ingressos será posto à venda. As entradas incluem assentos na final e estarão à venda novamente porque sua compra não foi concluída anteriormente.
Ao todo, pessoas de 124 nacionalidades diferentes compraram ingressos. Além dos brasileiros, os principais compradores são argentinos, chilenos, uruguaios e colombianos.
O Comitê Organizador Local destacou ainda que a média de gols foi de 2,55 por partida na primeira fase da Copa América, superando os dados da edição anterior. O Brasil tem o melhor ataque da competição, com oito gols, e divide com a Colômbia o título de defesa menos vazada. As duas seleções não sofreram nenhum gol.
O presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Wilson Seneme, também participou da coletiva e fez um balanço das utilizações do árbitro assistente de vídeo (VAR, em inglês), que gerou 17 intervenções nos 18 jogos realizados até então. Das 17 intervenções, 15 terminaram em mudanças nas decisões dos árbitros. “Representa que, quando se usou, se usou da maneira correta”, avaliou.
Seneme informou ainda que se perdeu em média 1 minuto e 17 segundos com a checagem das imagens pelo VAR e mais 2 minutos e 26 segundos nas revisões de decisões dos árbitros. A Conmebol está trabalhando para reduzir esse tempo, e Wilson disse que a utilização do VAR contribuiu para a redução do número de faltas e cartões nas partidas desta edição da Copa América.
“A gente vê jogadores aceitando mais as decisões do arbitro e nesse sentido se controla mais o jogo”, disse Seneme.