Uma mãe registrou ocorrência nesta sexta-feira (7) relatando que o filho, de 11 anos, que é autista, foi agredido e ameaçado por um professor de matemática na Escola Cônego Manuel Alves, em Limeira.
Segundo o boletim, o menino contou que, durante o horário de aula, conversava com um colega quando o professor teria se irritado, segurando-o pelo pescoço e dito: “Você tem medo de morrer?”. Ainda conforme o relato, o educador tentou novas agressões, mas foi contido pela vice-diretora e por outro funcionário.
A mãe informou que procurou a direção da escola nesta sexta-feira e foi confirmada, pelos próprios funcionários e pela equipe gestora, a ocorrência das ameaças e agressões. A vice-diretora disse ter presenciado apenas xingamentos após o episódio.
A mulher ainda relatou que, entre fevereiro e março deste ano, o mesmo professor já havia ofendido o aluno, chamando-o de “filho da p***”, mas que, na ocasião, não registrou boletim porque a direção garantiu que tomaria providências.
A reportagem do Rápido no Ar conversou com a mãe sobre o caso e também procurou a escola e a Diretoria de Ensino, que confirmaram estar cientes da situação. Elas orientaram o contato com a assessoria da Secretaria da Educação, em São Paulo.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que a Unidade Regional de Ensino (URE) de Limeira e a escola repudiam qualquer forma de violência, dentro ou fora do ambiente escolar. Segundo a pasta, a gestão escolar tomou conhecimento do caso imediatamente e acolheu o estudante.
Os responsáveis foram convocados para tomarem ciência das medidas pedagógicas e disciplinares adotadas. O professor foi afastado das atividades na unidade de ensino, e um procedimento administrativo foi instaurado pela URE, podendo resultar na exoneração do profissional. Um psicólogo do programa Psicólogos nas Escolas acompanhará o aluno envolvido.
Ainda de acordo com a nota, a equipe regional do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP) acompanha o caso e vai intensificar ações de conscientização sobre a cultura de paz na unidade.
A URE de Limeira e a escola afirmam que permanecem à disposição da comunidade escolar.



