Uma mulher, de 32 anos, foi presa nesta quinta-feira (28) por suspeita de assassinar a filha adotiva, de 2 anos, em Ferraz de Vasconcelos, no interior de São Paulo.
Segundo informações da polícia, a menina foi levada morta ao Hospital Regional de Ferraz com vários ferimentos no corpo. Na unidade de saúde, os funcionários relataram à polícia que há suspeita de estupro. O pai de criação é investigado.
Os pais afirmaram que a filha da mesma idade da vítima havia provocado os ferimentos na menina. Entretanto, as características das lesões apontam que é impossível elas terem sido provocadas por uma criança.
A mãe levou a vítima ao hospital junto com uma amiga. De acordo com a polícia, os funcionários do local disseram que a mulher não sabia explicar o que tinha acontecido. Quando percebeu que seria presa, ela ainda tentou fugir da unidade, mas foi impedida.
À polícia, a suspeita relatou que pela manhã a menina estava com o rosto inchado e com o corpo mole. Ela teria encontrado um frasco vazio de anti-térmico ao lado da criança.
A mulher conta que no período da tarde, a filha ficou gelada e que ela a aqueceu com um cobertor. Na sequência, a menina dormiu e começou a sair saliva da boca dela. Ela ainda afirmou que as lesões foram provocadas pela outra filha, de 2 anos e 2 meses. Ela garante que não consome mais drogas, mas disse que o marido é usuário.
A polícia foi até a casa do casal e encontrou uma embalagem com drogas e uma mancha de sangue. O celular da suspeita foi apreendido.
A amiga que estava junto com a mãe da menina afirma que recebeu uma mensagem da suspeita no fim da tarde afirmando que a filha havia tomado comprimidos de remédio anti-térmico. Ao ver a quantidade de lesões que a menina tinha, a mulher saiu desesperada para buscar um carro para levá-la ao hospital.
A mulher contou a polícia nunca ter visto a criança ser maltratada pelos pais de criação e que a menina tinha “o mesmo tratamento da filha de sangue”. De acordo com informações da polícia, a amiga também disse que a criança era traumatizada porque apanhava da mãe biológica, que era viciada em drogas e a abandonou aos dois meses, e que a menina sempre tremia de medo.
O caso segue sendo investigado.