O menino, de 2 anos, que foi encontrado caminhando sozinho pela Rodovia Anhanguera (SP-330), em Ribeirão Preto (SP), na madrugada de segunda-feira (19), será levado nesta a um abrigo provisório, nesta quarta-feira (21).
De acordo com o Conselho Tutelar, ele recebeu alta do Hospital Santa Lydia após ser submetido a exames. O menino, que foi encontrado apenas de fraldas e molhado devido a chuva, ficará sob cuidados do Serviço de Acolhimento Institucional a Crianças e Adolescentes em Situação de Vulnerabilidade e Risco Social (Saica).
“Diante da grave denúncia, essa criança ter sido encontrada na Rodovia Anhanguera, ter andado tanto, corrido muito risco, ter sido acionada a Polícia Militar, essa criança foi mandada para a UPA. Diante da conversa que tivemos com a avó, o pai e a mãe da criança, entendemos que nesse momento ela precisa de uma avaliação técnica para entender melhor a situação dela no contexto familiar”, afirmou a conselheira Marlene Colombo.
A criança foi dada como desaparecida na manhã de segunda-feira pela mãe, de 19 anos. À Polícia Civil ela contou que saiu no domingo (18) para encontrar o namorado e deixou o filho aos cuidados da madrinha.
De acordo com o boletim de ocorrência, a madrinha, de 23 anos, também saiu no domingo e deixou a criança com um homem, de 52 anos. O registro policial relata que a mãe, a madrinha e o homem moram juntos em uma residência às margens da Rodovia Anhanguera.
Por volta das 2h da segunda-feira a criança foi encontrada no meio da pista, no quilômetro 317, andando sozinha. Chovia muito no momento e o menino estava apenas de fralda.
O casal que encontrou o menino acionou a Polícia Militar e o socorro da concessionária que administra a rodovia. O menino foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte e depois foi transferido ao Hospital Santa Lydia.
A criança só foi identificada depois que a mãe procurou a polícia para registrar o desaparecimento.
“A análise tem que ser feita com muito cuidado. É uma questão muito séria, o nosso trabalho é feito para que essa criança volte ao seio familiar. Mas, neste momento, diante do contexto, a decisão do Conselho é o acolhimento, para ver se a criança volta para a família ou não”, disse a conselheira Marlene.
O caso foi registrado na Polícia Civil como abandono de incapaz, e um inquérito deve ser instaurado para investigar se houve ou não o crime.